𝖆𝖖𝖚𝖎 𝖙𝖊𝖒 𝖆𝖑𝖌𝖚𝖊́𝖒?

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É não deve tá fácil pra você

Que foi capaz de me perder

Cê me traiu, vou desejar o quê?

Boca pra mim e choro pra você

ANTES.

Ana Flávia

       —Obrigada Barueri!  —retiro meu chapéu me curvando em direção ao público que fizeram questão de vir me prestigiar nessa noite. — Vocês são incríveis, obrigada!— me despedi mais uma vez e me virei saindo do palco.

Exausta.

Essa era a palavra que bem me definia nesse exato momento. Tive uma semana intensa, minha agenda de shows estava lotada e esse era o último. Da semana.

Eu nem acredito que pela primeira vez em quase três anos de carreira, irei ficar um final de semana livre. De fato, não é porque eu mereço, mas sim porque eu irei fazer shows durante todos os dias na próxima semana e com isso, meu pai teve piedade de mim e me deu o mínimo de descanso.

Fui para o meu camarim enquanto conversava com a minha assessora, Bruna, e assim que cheguei tirei a bota de salto alto que faltava quase esmagar meu pé e o meu figurino composto por pedras que pesava mais que tudo. Coloquei uma calça moletom e um cropped, calcei minha crocs e coloquei tudo na minha mala de shows.

—Você viu o Luan? —perguntei para Bruna.

— Não. — estreitou os olhos. — Inclusive ele estava acompanhando o início do show, mas saiu depois da terceira música.

Encolhi os ombros completamente confusa com a atitude do meu namorado. Tudo bem, ele deve ter ido resolver algumas coisas no backstage do show.

—Bom, eu vou procurar ele pra' gente ir embora. —ela assentiu ajeitando algumas coisas no camarim.

Andei pelos bastidores cumprimentando algumas pessoas, perguntando se elas tinham visto meu namorado por aí, mas só recebi respostas negativas diante a minha pergunta. Andei mais um pouco e completamente distraída, senti meu corpo bater contra um peitoral alto e completamente definido.

Aí, essa doeu.

1, 2, 3, 4, 5... 6 gominhos!

Um bom tanque para lavar bastante roupa suja.

—Opa!  —me segurou pelos braços impedindo que eu caísse para trás pelo impacto.— Tudo bem, Castela? —ele pergunta.

Não consigo deixar de não notar que o ambiente se enche com um perfume gostoso de um cheiro indecifrável, mas bom de sentir.

É uma coisa estranha a se pensar quando eu estou prestes a cair.

Seu hálito cheirava bem, muito bem. Como chiclete de menta ou hortelã. Não sei. De alguma forma, a situação me embriagou.

—Desculpa. —é a única coisa que eu consigo dizer sem olhar nos olhos do poste a minha frente. Encarei seu rosto e prendi a respiração ao ver que era nada mais, nada menos, que Gustavo Mioto.

(ɪᴍ)ᴘᴇʀғᴇɪᴛᴏs, ᴍɪᴏᴛᴇʟᴀOnde as histórias ganham vida. Descobre agora