(ɪᴍ)ᴘᴇʀғᴇɪᴛᴏs, ᴍɪᴏᴛᴇʟᴀ

𝖈𝖔𝖓𝖋𝖎𝖉𝖊𝖓𝖙

Eu não sei porquê, mas estou viciado

Algo como viciado me deixou confuso

Mas eu ainda preciso tê-la.

ANTES.

Gustavo:

            Senti o sol bater nas minhas costas, causando uma leve ardência. Esse foi o exato momento em que eu despertei do sono profundo em que eu me encontrava.

Passei a mão pelo coxão sentindo falta do corpo que ocupava o lugar esquerdo da minha cama. Abri meus olhos vagamente a procura dela pelo quarto.

— Ana? - murmurei meio sonolento, chamando a mesma.

— Oi.

Girei meu corpo para ver onde ela se encontrava, e a vi saindo de banheiro.

Ana Flávia sorriu tímida e veio correndo pulando ao meu lado na cama. Ela vestia apenas a camisa minha de ontem, provavelmente sem nada por baixo.

— Achei que você tinha ido embora... - abracei seu corpo.

— Não, apenas acordei mais cedo para adiar meu jatinho para mais tarde.

Sorri com a sua resposta e juntei nossos lábios em um beijo casto. Mordisquei seu lábio inferior e não consegui conter o sorriso enquanto brincava com algumas mechas do seu cabelo.

— Que cara é essa?

— Ué, que cara? - tentei sorrir menos mas foi impossível.

— Essa cara. - me fitou.

— Eu tô... Feliz! - sorri convencido apertando sua cintura e colando nossos corpos novamente.

Em poucos minutos, Ana Flávia já estava por cima de mim completamente nua. Me permitindo aproveitar a manhã que se iniciava lá fora para dar atenção a cada pedacinho do seu corpo. Como na noite passada.

Depois do nosso pequeno cardio matinal, resolvemos tomar um banho que se estendeu um pouco mais devido á nossa agitação e disposição para fazer tudo aquilo que se não deve fazer durante a manhã.

Nesse momento estou na cozinha preparando o nosso café. Ana Flávia estava terminando o banho, resolvi sair primeiro antes que a gente acabasse com toda a água do condomínio.

Estava focado em preparar toda a nossa refeição, quando senti uma mão pequena alisar minhas costas. Senti seus lábios macios e quentes alcançar meu ombro deixando um beijinho ali.

— Bom dia. -se afastou.

— Bom dia, linda. - coloquei o pão dela no prato e coloquei no balcão. Ela me agradeceu e ficou me olhando com uma carinha de quem esperasse que eu falasse mais alguma coisa, ou melhor, perguntasse.- O que eu perdi enquanto você dormia?

— Estava ansiosa pra' você me perguntar isso. - bebeu um gole do seu suco. - Sonhei com você.

Desviei meu olhar para a morena com um sorriso convencido. Mordi o lábio inferior e voltei a fazer o meu pão.

— Não. Não esse tipo sonho, seu safado! - me repreendeu. - Na verdade, ele foi bem estranho.

— Pode começar a contar, com riqueza de detalhes. - me sentei a sua frente prestando atenção nas suas próximas palavras.

— Sonhei que você aparecia na minha casa com uma roupa sexy de médico. Então você pedia para que eu me vestisse de enfermeira porque íamos em uma festa fantasia. Eu disse que não iria vestir porque era vergonhoso, mas você insistiu tanto e me prometeu uma coleção inteira de Barbies e eu vesti.