(ɪᴍ)ᴘᴇʀғᴇɪᴛᴏs, ᴍɪᴏᴛᴇʟᴀ

𝖕𝖆𝖕𝖔 𝖉𝖊 𝖆𝖌𝖔𝖘𝖙𝖎𝖓𝖍𝖔

Cê me faz tão bem

E que por mais que eu rode o mundo

Onde eu vou, sinto seu cheiro

ANTES.

Ana Flávia:

         ''Voce está apaixonada pelo Gustavo!''

Eu estou apaixonada pelo Gustavo. 

Eu estou apaixonada pelo Gustavo?

Eu estou apaixonada?

Ri alto ao escutar Eduarda terminar a conclusão do seu pensamento absurdo e ela me olhou confusa.

— O que foi?

— Você e esses pensamentos malucos... —recuperei o fôlego.— Eu não estou apaixonada, Duda. Não surta.

— Ah não? -colocou a mão na cintura com ar debochado.— Ana Flávia, já viu como vocês ficam um perto do outro? Praticamente numa bolha particular, se tratam como casal, estão juntos o tempo inteiro...-puxei o ar para argumentar e ela me repreendeu.— E nem adianta mentir, porque eu sei bem que até mesmo com a distância, vocês se falam o tempo inteiro.

— Você só pode estar ficando maluca! —neguei voltando a me concentrar nas frutas que eu estava cortando.

— Acho que quem está ficando maluca é você! Até quando vai ficar se privando, Ana? Até quando vai negar o que está bem na sua frente, e nós duas sabemos disso.

— Eduarda, eu não posso me apaixonar pelo Gustavo.

— E porquê não? Você não pode é se apaixonar pelo traste do Luan, e graças a Deus não se apaixonou, mas o Gustavo é um homem bom. Ele faria de tudo por você, e já faz. É carinhoso, romântico, sincero e vamos combinar que ele é um gatinho.

Se eu a contasse que essas não são as únicas características boas do Gu, ela não poderia acha-lo melhor.

Gustavo é maravilhoso. Ele é parceiro, educado, cheiroso, é um bom cozinheiro, gosta de me escutar falar, cuida de mim, canta perfeitamente bem... Ele é apaixonante, essa é a verdade. E por mais verdade que seja, eu não posso me apaixonar por ele. Gustavo tem mais qualidades do que defeitos, e eu totalmente ao contrário. Eu sou imatura, impulsiva, teimosa e tudo completamente o oposto. 

Somos muitos diferentes um do outro. 

Quando estava prestes a responder Eduarda, Vetuche entrou na cozinha e nós mudamos de assunto. Para a minha felicidade, Duda não insistiu mais e não falou mais nada durante o resto da noite.

...

— Linda, já está pronta? Podemos ir?  —Gustavo surgiu na porta do quarto e eu assenti. Dei uma última olhada no espelho e peguei minha bolsa indo em sua direção. 

— Podemos! —ele parou e ficou me olhando de cima a baixo, com um sorriso bobo nos lábios.— O que foi? Não tá legal? —perguntei preocupada e procurei alguma coisa de errado com a minha roupa.

— Voce está...maravilhosa! — eu sorri aliviada e Gustavo me puxou pela cintura colando nossos lábios. 

Ontem depois de um show, eu havia vindo para casa do Gustavo. Dormi com ele e hoje passamos o dia inteiramente juntinhos em uma bolha totalmente pessoal e que nos fazia muito bem, e agora, estamos indo para festa da Flávia Pavanelli.