𝖓𝖔𝖘𝖘𝖔 𝖕𝖑𝖆𝖓𝖔

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De qualquer jeito é eu e você

Difícil mesmo vai ser explicar para alguém

Que ficaremos bem

ANTES

Gustavo:

Observei o céu escuro, onde não era possível enxergar absolutamente nada, nenhuma nuvem se quer. Suspirei um pouco entediado e encostei minha cabeça no estofado de couro vendo que faltavam apenas dez minutos para aterrizar nas terras paranaenses. 

Na semana passada, Ana Flávia me surpreendeu com o convite de ir para Londrina e depois, Sete Quedas para conhecer seus avós e tios. Confesso que fiquei surpreso com a proposta, estive até em dúvida se esse seria o certo, ou se não está cedo demais, mas no final acabei aceitando. Nos programamos, organizei minha agenda e nesse momento estou prestes a chegar em Londrina. 

Hoje pela manhã, assim que acordei, recebi uma ligação de ''bom dia'' da morena, conversamos, acertamos os últimos pontos e eu fui para as minhas reuniões do dia que, diga-se de passagem, foram bem conturbadas. Agora, acabo de pousar em Londrina e pela janela consigo ter a visão do carro de Rodrigo á minha espera.

Retirei meu cinto, saindo do jatinho e após pegar minha mala e ter uma rápida conversa com ele, o dispensei e fui ao encontro do meu quase sogro. 

— Viagem cansativa? — Rodrigo perguntou quando eu me aproximei. 

— O vôo foi o ponto mais tranquilo do meu dia até agora...—ele riu e abriu o porta-malas. Coloquei minha mala no grande espaço do carro e sorri ao ver uma bota brilhante jogada ali, me lembrando automaticamente da minha garota. 

— Vem, vamos logo, tem uma chata lá' em casa esperando ansiosa pra' você chegar. —soltei uma risada nasal e entrei no carro. 

O caminho não foi muito demorado, passamos a metade dele falando sobre a gravação do DVD da Ana, e a nossa turnê de shows em Portugal. A ideia de fazer show fora do país me animava, estava ansioso para ter essa experiencia, ainda mais porque eu teria Ana Flávia para desfrutar desse gostinho comigo. 

Quando chegamos na fachada da casa, Rodrigo entrou na garagem e quando desligou o carro descemos praticamente juntos, enquanto eu pegava minha mala, sentia meu coração palpitar.

Eu não estava nervosa em vê-la, eu estava ansioso. Ana Flávia e eu ficamos apenas dez dias sem nos ver e isso já me encheu de saudades. 

— Oi Gu, seja bem vindo! —Michele sorriu enquanto saía da cozinha.— Ana Flávia está...

— OI GU! —a morena gritou descendo as escadas de forma rápida e involuntariamente pulou no meu colo, deixando tanto eu quanto seus pais surpresos.— Eu estava com saudade. —sussurrou contra o meu pescoço.

— Eu também, minha gatinha. —ela levantou o rosto e selou nossos lábios rapidamente diversas vezes. 

— Deixa o Gustavo descansar, Ana Flávia, o menino nem chegou direito... —Rodrigo passou por nós. 

— E deixa você os dois matarem a saudade, para de ser chato Rodrigo. 

— TOMA! Pra' ficar esperto, e deixar de ser intrometido. — Ana Flávia implicou descendo do meu colo e os dois iniciaram uma leve discussão.

— Eles são sempre assim, né? —perguntei baixinho para a Castela mais velha. 

— São...—negou a cabeça.— Parem vocês dois, agora! —mandou e rapidamente eles calaram a boca.

(ɪᴍ)ᴘᴇʀғᴇɪᴛᴏs, ᴍɪᴏᴛᴇʟᴀWhere stories live. Discover now