Apenas uma criança -parte 1

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Valentina

Depois de nossa pequena discussão Arthur saiu do quarto, e fiquei ali sozinha. Comecei a indagar: quando foi que tudo mudou?

Então, pensei em nossa vida amoroso, pensei nos problemas que estamos enfrentando, e por fim pensei em como era antes...

Desde que me entendo por gente eu o conheço. Ele sempre frequentou minha casa, por causa de João. Eles sempre estudaram juntos, até irem para faculdades diferentes: o João foi fazer engenharia elétrica; e o Arthur direito. Nesse período de faculdade, eu via Thur esporadicamente.

Enquanto ele estudava, eu crescia. E com tempo passei a vê-lo como o homem gostoso que ele era, e é claro que ele ainda continua.

Foi na festa de aniversário de 33 anos do meu irmão. Ah, para esclarecer meu irmão e Thur têm a mesma idade. Voltando ao assunto, nesse dia eu resolvi que tinha que me declarar.

Como eu que já estava pronta, fui receber os convidados, uma vez que meu irmão ainda não havia chegado, minha mãe estava dando as últimas instruções para o pessoal do Buffet, e meu pai, como sempre, havia acabado de chegar do trabalho e subirá para se arrumar.

E para minha surpresa, ele foi o primeiro a chegar. Quando eu abri a porta, minhas pernas falharam. O seu olhar me percorreu da cabeça aos pés, e isso me deixou excitada. Eu vestia um vestido verde, levemente brilhante, decotado, que valoriza minha silhueta e deixava meus seios bem à mostra. Eu escolhi esse vestido a dedo.

Ele deu um passo à frente e me tomou em um abraço carinhoso, e me disse:

- Que bom te ver. Você está linda.

Tentei me recompor ao máximo, ainda em seus braços, e depois de alguns longos segundos, eu o respondi:

- É ótimo te ver. E você também está lindo.

Ele me soltou de seu abraço, meio desajeitado, e se afastou um pouco. Percebendo o seu desconforto e tentando disfarçar o meu, o convidei para entrar. E continuamos a conversa dentro de casa.

- Então. Você está sumido. O que tem feito?

- Eu tenho trabalhado bastante. O escritório está sempre lotado.

- Hum. Isso não é motivo para abandonar os amigos.

Ele me olha meio esquisito, como se pensasse quem disse que sou seu amigo. No entanto sua resposta me surpreende:

- Você tem razão. Ele me deu um meio sorriso e perguntou: - E você o que tem feito?

- Eu, estudado, estou terminando o 3º ano do Ensino Médio. E estou fazendo mais um curso de corte e costura, dessa vez estou aprendendo a fazer lingerie. A mamãe tem gostado muito de minhas peças, a Alicia também - para esclarecer ela é minha cunhada.

Acho que ele parou de me escutar quando eu falei lingerie, porque ele ficou parado em minha frente me olhando como se estivesse imaginando algo. Depois de uns dez segundos de silêncio ele voltou a falar:

- Hum. Que interessante. E cadê o resto do pessoal?

Eu expliquei a ele que: meu irmão não havia chegado; minha mãe estava organizando os detalhes finais; e que meu pai estava se arrumando. Acho que ele chegou à conclusão de que não tinha escolha a não ser ficar comigo. Por isso, eu convidei para irmos nos sentar na sala de visitas, quando ele se sentou eu perguntei:

- Você quer beber algo?

- Sim, eu gostaria de um whisky.

Fui andando lentamente até a baixinha mesinha na qual estava a bebida. Eu permaneci de costas para ele e me abaixei de modo que a minha bunda ficasse bem empinada em sua direção. Peguei o copo, e ainda na mesma posição eu o perguntei:

- Com ou sem gelo?

- Sem. E encha o copo, por favor.

E assim eu fiz, e me levantei lentamente, e fui em sua direção, lhe entreguei o copo. E quando íamos retomar a conversa a minha mãe entrou na sala.

- Oi meu filho. Disse ela carinhosamente.

Depois disso não tive mais oportunidade de conversar com Thur, a minha agarrou no papo com ele, meu irmão chegou e os convidados também. Além disso, ele não facilitou para mim, me evitando a festa inteira.

Observei-o durante algumas horas. A minha oportunidade apareceu quando ele foi para o jardim dos fundos. Disfarcei um pouco e logo fui atrás dele.

- Oi, veio tomar um ar também? - sua resposta me surpreendeu.

- Isso não vai prestar.

- O que você quer dizer com isso?

- Você está pensando que eu sou um moleque? Você está me provocando e não estou gostando nada disso.

- Eu? Que isso? Eu estou agindo naturalmente, já você.

Ele deu alguns passos em minha direção, em segundo me tomou em seus braços e me encostou na parede, imprensando seu corpo contra o meu. Em meio essa loucura, eu senti sua enorme ereção. E ele me disse:

- Você é uma menina má.

- Você não imagina o quanto.

E, finalmente, ele me beijou. Colocou a sua língua em minha boca, depois exigiu a minha, e chupou-a deliciosamente. Nós ficamos assim até que nos faltasse ar. Quando ele me soltou, me olhou e disse:

-Você é um perigo - respirou fundo e continuo - Isso nunca mais vai acontecer. Você me ouviu? Você é uma criança. E ainda por cima é irmã do meu melhor amigo.

Ele saiu e me deixou ali sozinha. Eu não sabia se eu chorava, ou se pulava de alegria, porque o beijo foi estonteante, mas, o seu olhar ao dizer aquelas palavras, foi simplesmente horrível.

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Olá queridos leitor@s,

Em primeiro lugar eu venho agradecer a todos que estão lendo minha estória.

Em segundo, peço um pouco de paciência, pois essa é a primeira estória que eu escrevo.

E por último, que votem se gostarem, e comentem, uma vez que é muito importante para mim saber a opinião de vocês. Afinal, que graça teria escrever se ninguém lesse.

Abraços,

Jéssica Miranda.

Ironias do Destino - CompletoWhere stories live. Discover now