Coisas inacraditáveis

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Olá querid@s,
quase que eu consegui postar o capítulo na quinta, enfim, não deu... mas eis aqui mais um capítulo na primeira hora da sexta.

Boa leitura!

Espero que gostem.

Ah, estou amando os comentários, sei que já disse isso, mas precisei repitir.

Desculpe-me por quaisquer erros.

Sem mais delongas,

Jéssica Miranda ;)

Junho de 2012

Valentina

Já era madrugada quando nos recolhemos. Confesso que a minha barriga estava até dolorida de tanto que nós rimos de nossas velhas trapalhadas, também das novas. Afinal, não pude deixar de contar para Hugo sobre os barracos do aeroporto. Ele morreu de rir e me contou outras presepadas da Mel.

Chorei de tanto rir quando ele me contou sobre o parto de Heitor. A Melissa teve o menino de parto normal. Agora, pense: sem sentir nada ela já é louca, imagina a maluca com contração. Então, até hoje, o obstetra, ex amigo de Hugo, tem uma cicatriz na mão da dentada que ela deu. O médico ficou afastado por meses e depois foi designado para a parte administrativa do hospital. Segundo Hu, as más línguas dizem que ele tem trauma até hoje, que se quer passa perto da ala de partos. Enfim, foi por sorte e competência que o Hugo não perdeu o seu emprego no hospital. E, para constar, estou chamando a Mel de: destruidora de carreira, e parideira dentuça. Você nem imagina como ela está puta. Mas, é como costumo dizer: dá dinheiro, mas não dá intimidade. Porque se der, o resultado é tipo esse acima.

Fiquei com o quarto de hóspedes, o apartamento deles é enorme, têm quatro quartos, um para Mel, um para Heitor, um para Hugo, e um para mim. O quarto no qual estou, é grande, tem uma cama de casal, e um guarda-roupa de solteiro que acomodou as minhas coisas perfeitamente. Só depois de tudo está no lugar foi que me deitei para dormir. Até queria tomar um banho, mas o quarto não é uma suíte, e eu terei que usar o banheiro social, como já está tarde, decidi deixar para amanhã de manhã, assim, não incomodo ninguém.

Estou deitada na cama com um pijama azul marinho, ele composto por uma blusinha e um shortinho, ambos com renda nas bordas, o tecido é de seda, por isso, é tudo bem fininho. Estou morrendo de cede, ainda não comprei um hobe novo, e não queria ir à cozinha desse jeito. Pego meu celular e verifico que já passam das quatro de manhã, sendo assim, acho que não corro risco de encontrar ninguém vestida desse modo. Sim, isso mesmo, esse alguém é o Hugo. Depois de seu elogio e das olhadas que ele me deu durante a noite, acho melhor evitar situações constrangedoras entre nós. Ele está um gato, o tempo lhe fez muito bem, adorei o cabelo maior. Não posso dizer que nunca o notei como homem, porque seria mentira, mas ele é mais velho do que eu, e quando nós convivíamos, eu era apenas uma pirralha. Então, do mesmo jeito que o meu interesse surgiu, ele se foi; desapareceu quando ele voltou para o Rio, isso foi há oito anos, que por coincidência é a nossa diferença de idade.

Abro a geladeira e pego uma garrafa com água, fecho a porta ando até a bancada deposito lá a garrafa e vou até o armário para pegar um copo. Quando me viro para a bancada de novo, o copo cai tamanho é o susto que tomo ao ver Hugo de cueca box branca em minha frente.

- Filho da puta, você quer me matar do coração?

- Calma Valentina. Eu dou um passo para sair da cozinha e me esconder em meu quarto, o problema é que estou descalça, e piso em cima de alguns cacos de vidro do copo quebrado.

Ironias do Destino - CompletoWhere stories live. Discover now