A localização

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Olá querid@s,
Segue mais um capítulo.
Espero que gostem.
Desculpe-me por quaisquer erros.
Boa leitura,
Jéssica Miranda.

💝💝💝💝💝💝💝💝💝

Arthur

As horas passavam, a minha angústia aumentava, ainda sem notícias do paradeiro da minha flor e do meu filho. Não quero nem imaginar o quanto ela deve estar sofrendo, é ruim demais essa sensação de impotência. Eu que sempre sou capaz de resolver qualquer problema, hoje estou de mãos atadas. E para completar a Janaína estar em greve de silêncio, aquela vaca estava me mantando de raiva. Apesar de todas as ameaças que eu fiz a ela nas últimas duas horas, ela não abre a boca.

No fundo eu acho que ela sabe que sou incapaz de fazer algo de ruim com o Marcos, eu nunca o amei como eu amo o pequeno Miguel, mas tenho muito carinho por ele. Contudo, com o meu filho tudo é diferente, mesmo o conhecendo a poucos dias, eu sinto que ele preencheu em mim o espaço que eu tinha reservado a paternidade. Enfim, o fato é que sinto que um pedaço de mim foi levado, eu não vou suportar se algo acontecer com eles. Eles são a minha razão de vida, desde que eu soube que era pai algo se transformou em mim, de um modo inexplicável. Eu não vejo a hora de ter-los em meus braços, eu juro que eles nunca mais vão ficar sozinhos. Eles estarão sempre sob a minha proteção.

O que sinto agora é bem pior do que eu senti quando ela me deixou, quando percebi que estava sem ela, quando a ficha finalmente caiu, eu achei que não ia suportar. Mal sabia que existia sensação pior no mundo. Nesse instante eu tenho certeza que se acontecer algo com a minha família, eu jamais vou me recuperar.

Sou retirado do meu devaneio melancólico quando um celular começa a tocar. Demorou alguns instantes para perceber que o celular era o da Janaína, o aparelho está em bolso desde que a peguei em sua casa.

Retiro-o do bolso olha para tela e vejo que é uma ligação na da "Tia Ângela". Eu olho para ela e ela para mim, o celular vibra mais uma vez eu mostro para ela quem está ligando, atendo a ligação, coloco no viva voz e entrego a ela.

- Janaína? A Ângela pergunta.

- Oi tia, conseguiu falar com meu irmão? Ela pergunta em um tom animado, e pisca com um olho só para mim.

- Claro querida. Ele disse que não confia em você e que não te quer por perto no momento. Ele acha que você vai entregar tudo para o Arthur.

- Tia, eu jamais faria isso. Eu não suporto mais viver com as migalhas que recebo do Arthur. Aquela piranha pintou e bordou com ele, e otário só fala dela.

- Bem feito, minha filha. Eu te avisei que você sempre seria a outra.

- Tia, não seja cruel. Deixa eu falar com o Gui, eu sei que ele vai me perdoar.

- Janaína, você acha que eu sou idiota é? Você foi embora há anos. E nunca olhou para trás, agora que seu irmão finalmente vai completar a sua vingança matando a coisa que o desgraçado mais ama, você reaparece querendo voltar. Ah, faça me um favor, vê se esquece o meu menino, você já o fez sofrer demais. Agora, você vai poder consolar o seu amado quando ele encontrar o corpo de sua mulher fedendo em uma esquina qualquer.

A Janaína ainda tentou implorar, mas já era tarde demais, a desgraçada da Ângela já havia desligado o celular. Eu pela primeira vez na vida fiquei sem palavras. Será que a minha flor está morta? Eu me perguntava enquanto algo fazia cócegas em meu rosto. Levo a mão até a minha bochecha e encontro uma lágrima. A Janaína me olha assustada, me avaliando. Ela balança a cabeça em uma negação. É como se ela também não acreditasse no que acabou de ouvir. Ela abre a boca, mas nenhum som saí. Quando eu estou prestes a perder o controle, o Daniel diz:

Ironias do Destino - CompletoOnde histórias criam vida. Descubra agora