Emoções - parte 2

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Olá querid@s,
Segue mais um capítulo.
Espero que gostem.
Desculpe-me por qualquer erros.
Abraços,
Jéssica Miranda.

💜😘😘😘💜😘😘😘💜

Arthur

Mal acabou o efeito do sedativo e as visitas começaram. Os primeiros a entrar neste maldito quarto de hospital foram a minha ex futura sogra, diga-se de passagem, e meu brother João.

- Cara eu não sei se eu te bato, ou se te dou um abraço. O João disse assim que fechou a porta do quarto.

- Eu prefiro que você não faça nenhum dois. Eu disse com um meio sorriso, que foi retribuído. - Dona Cassandra. Cumprimentei-a com um aceno de cabeça.

- Já disse para não me chamar assim, meu filho. Por que você não disse que foi baleado, Arthur? Isso foi muita irresponsabilidade.

- Foi mesmo. Você está ficando maluco. Você se esqueceu que tem um filho pequeno para criar? O João se juntou a repreensão da mãe.

- Podem ficar tranquilos. Não foi um tiro letal, foi um tiro no músculo da perna. Não fiquem preocupados, eu só não queria ficar aqui deitado em cama de hospital enquanto a Valentina estava em uma sala de cirurgia. Eu só queria saber que estava tudo bem antes de procurar atendimento.
- Você só pode estar ficando louco. Como você ia ajudar em algo machucado? E se esse tiro infecciona? O João falou como uma pessoa racional, eu sei. Eu sei disso tudo, mas o que eu posso dizer: Sou louco por aquela mulher. Eu morreria e mataria por ela.

- Meu filho, a Tina vai ficar bem. Tudo vai se resolver.

- Eu espero que sim, Cassandra. Eu não vou me perdoar se algo acontecer com ela.

- Pare com isso, Arthur. Nada disso foi culpa sua.

- Foi sim. Tudo que ela sofreu foi por minha causa.

- Cara, você está precisando dormir um pouco.

- Não, João. Essa é a verdade tudo isso foi por minha causa. Aquele desgraçado só queria se vingar de mim. Ele achou o meu ponto fraco. Ela machucou a sua irmã de muitas maneiras e só percebi tudo tarde demais. Eu não pensei direito, primeiro eu estava cego de ciúmes, depois estava cego de raiva, e tudo aconteceu de baixo do meu nariz. É tudo culpa minha, se algo acontecer com ela eu nunca mais vou me recuperar. Se ela morrer eu morro junto. Eu dizia apertando com força o maxilar na intenção de não chorar, nem de medo e nem de raiva.

- Arthur, meu filho. Você não está bem. É melhor você descansar. Você não está falando coisa com coisa. Disse a Cassandra, com jeitinho de mãe.

- Eu estou lúcido, Cassandra. Nossa vidas são rodeadas de mentiras e segredos. Tem muita coisa nessa estória toda que você não sabe. E não cabe a mim contar, não agora. Muita coisa diz respeito a sua filha, e quando ela acordar decidirá se conta e o que conta.

- Arthur, você não pode nos deixar as cegas, assim. O João disse.

- Eu nunca mais vou desrespeitar a sua irmã. A decisão é dela. Eu disse isso de um jeito não muito amigável, acho que consegui convencer aos dois. Não falaria nada, isso é o mínimo que eu devo a minha flor.

Nós conversamos um pouco mais e eles finalmente me deixaram sozinho. Quando se despediam de mim, eu pedi para que não deixassem ninguém entrar. A não ser que tivessem notícias da Valentina.

Ironias do Destino - CompletoWhere stories live. Discover now