O passar do tempo

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Olá querid@s 

como estão?

Segue mais um capítulo.

Espero que gostem.

Desculpe-me por quaisquer erros!

Um abraço carinhoso,

Jéssica Miranda.

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Valentina

No dia seguinte, o Arthur veio me visitar. Fiquei surpresa com o horário incomum. Mas recebi-o mesmo assim. A verdade: eu já estava com saudades.

Meus sentimentos têm estado como uma montanha russa. Meus desejos tomam conta de mim, de cada poro meu, mas isso não dura mais do que um instante. Pois, assim que me lembro de tudo o que me aconteceu, fico assustada, e o nojo que eu senti do meu corpo naqueles malditos instantes, veem à tona, e quase me fazem vomitar. Respiro fundo e reprimo mais uma vez as lembranças, como eu tenho tentado fazer a três anos.

Achei que só precisava de tempo e, assim, tudo voltaria ao seu devido lugar. Hipócrita! É isso que eu sou, uma hipócrita. Eu vivo mentindo para mim mesma a fim de me consolar. Contudo, o consolo nunca chega. A noite, em minha cama, o meu corpo está quente, mas a minha alma está fria. A confusão é tão palpável, eu quase posso tocá-la. Estico meu braço e só toco no ar, que é quase um sinônimo de nada.

Aos poucos o foco vem chegando, então percebo que estou sentada de frente para o Arthur, ele diz algo, mas não sei o que é. Seus olhos me olham profundamente, um meneio de cabeça, e logo estou envolvida em seus braços. Seu cheiro e a sua proteção me acalmam, fecho os meus olhos e curto o momento.

- Minha flor, olhe para mim. Ele pede carinhosamente, se colando em frente a mim. Eu obedeço a seu pedido, olho em seus olhos, e vejo preocupação.

- O que você tem? Pergunto ainda meio confusa.

- Estou preocupado com você. Ele confessa.

- Não fique. Estou bem. Digo para consolá-lo. Ele respira fundo, é audível. Depois, fala:

- Minha linda, eu quero te levar a um lugar.

- Arthur... Já ia começar a minha negativa, quando ele coloca delicadamente uma das suas mãos em lábios para me silenciar.

- Escute, tudo bem? Ele pergunta e eu aceno uma afirmativa com a cabeça. – Então. Uma pequena pausa, seus olhos focam nos meus e ele continua: - É muito importante para mim, para o Miguel e para a sua mãe que você aceite o que eu vou te pedir. Noto o apelo emocional em sua voz, e digo:

- Chantagem emocional. Sério, Arthur?

- Não minha linda, não é chantagem, é um pedido. Nós estamos muito preocupados com você. A gente só quer o seu bem.

- Sei.

- Eu sei que você sabe. Ele ignora a minha ironia, e continua: - Por isso, eu queria te levar a um psicólogo. Vai ser bom. Você vai poder conversar, desabafar. Vai te fazer bem.

- Eu estou bem. Digo meio vacilante. Ele olha com cara de quem diz: Sério? Então, continuo em minha defesa: - Eu sei que estou meio triste ultimamente, mas isso vai passar, só me dê uns dias.

- Vamos fazer um trato. Eu já marquei uma seção para hoje. Você vai lá, conversa com a psicóloga. Se você gostar, continua; se não, não precisa ir mais.

Ironias do Destino - CompletoTempat cerita menjadi hidup. Temukan sekarang