Táticas

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Olá querid@s,
Peço desculpas por estar postando apenas uma vez na semana. Mas, está sendo quase impossível eu postar outros dias. Eu estou no último período da minha faculdade, por isso tenho mais trabalhos, mais estágios, mais documentações para resolver, mais coisas para fazer do que tempo livre para escrever. E claro, eu tenho uma vida além disso tudo. Que fique claro que isso não é uma lista de desculpas, mas sim uma explicação para vocês que me acompanham e têm carinho por mim.
Para mais, digo que estamos oficialmente chegando ao fim desse livro. Sinto-me como se estivesse me despedindo de alguém muito querido, em contra partida, sinto uma sensação de dever cumprido.
Espero, de coração, que vocês gostem do desfecho dessa estória. Sem mais delongas. 

Desculpe-me por quaisquer erros.

Boa leitura!

Um abraço carinhoso, 

Jéssica Miranda.

Valentina

Depois que a Ângela saiu daqui eu não tive mais nem segundo de tranquilidade. Não que eu estivesse tranquila antes, mas agora eu estou desesperada, sei que dizer isso é quase um eufemismo, mas que mãe não estaria.

Nas últimas horas, os meus pensamentos vão do Miguel ao Arthur, na maior parte do tempo; no restante, eu penso nos meus familiares e no Hugo. Às vezes me ocorre que meu pai talvez não estivesse doente, se tudo não tivesse ocorrido. Mas, isso eu nunca saberei. E, nesse momento não adianta caçar um culpado para tudo, distribuir culpa nunca resolveu problema. 

Todavia, o que realmente eu não consigo é parar de pensar no quanto nós fomos vítimas dessas pessoas. A nossa vida foi destruída por eles, aparentemente por motivos fúteis. Por mais que eu tente eu não consigo entender como existe no mundo pessoas capazes de tanta maldade. Enquanto eu tenho dó até de matar uma formiga, essas pessoas mentem, maltratam e matam. 

Tudo o que eu percebi até agora é que sou muito ingênua. Fico pensando se tenho um retardo mental, ou se só não tenho maldade para ver as pessoas como elas realmente são. Talvez isso seja por conta da minha criação, os meus pais sempre me superprotegeram. 

Em meus pensamentos, me ocorreu que o Arthur deve estar louco a minha procura. E que a sua consciência deve estar super pesada. Ele deve estar se culpando por tudo o que me aconteceu, como se ele tivesse culpa da loucura dos outros, como se ele tivesse culpa de eu ter me apaixonado por ele.

Eu queria poder dizer a ele o quanto eu o amei e o quanto eu ainda o amo. O amor que achei que tinha morrido só adormeceu, e bastou eu olhar para aqueles olhos castanhos e tudo voltou ao normal, como era antes. Eu parecia flutuar no seu cheiro, meu estômago estava novamente infestado de borboletas, e meu coração perdia o compasso. 

Posso ver claramente que o Guilherme encheu a minha cabeça e o meu coração de inseguranças. A verdade é que no sete anos de relacionamento que tivemos, os seis primeiros anos foram os melhores anos da minha vida, ali eu era completa, eu tinha o homem que eu amava, trabalhava com o que eu sempre sonhei. Se eu pudesse mudar alguma coisa naquele tempo, eu incluiria o Miguel em nossas vidas. Meu bebê, só faltava ele, a cereja mais encantadora do bolo perfeito. Tá bom, eu tiraria um pouco do ciúmes e da possessividade do Arthur. Eu amo aquele homem das cavernas, mas seria bom respirar livremente de vez em quando.

Ainda não me perdoo por ter sido tão fraca, se eu não tivesse caído na lábia daquele crápula, eu não estaria aqui, meu filho não estaria longe de mim. Meu Deus, eu só queria voltar no tempo e consertar tudo que fiz de errado. Eu queria a chance de fazer a escolha certa. Eu queria a minha vida de volta.

Ironias do Destino - CompletoWhere stories live. Discover now