Perdida

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Deixem cometários, é muito importante para mim saber o pensam sobre a minha estória.

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Agradeço muito pelas leituras.

Desculpem-me por qualquer erro.

E, sem mais delongas, curtam mais um capítulo.

Jéssica Miranda!

;)

Ainda em Junho 2012

Valentina

Perdida, é assim que eu me sinto. Eu não sei o que fazer, não sei para onde ir.

Voltar para minha casa está fora de cogitação, eu, simplesmente, não posso. Preciso de lugar tranquilo para pensar, e descansar um pouco, um lugar onde ninguém me encontre, eu preciso ficar sozinha, para por a minha cabeça no lugar.

Estou andando no anel rodoviário de Belo Horizonte, há alguns minutos, foi então que eu vi a placa de um motel, pensei logo, é perfeito, eu posso passar a noite, e nem preciso fazer registro. Por que eu estou me preocupando com isso? É simples, se eu pensar em me registrar em algum lugar, ou até mesmo em usar algum dos meus cartões, Arthur, com certeza, vai me encontrar. Então, isso está fora de cogitação. Eu só usarei dinheiro, mas espera aí. Foi então que o meu lado racional entrou em cena. E, subitamente, me pergunto: onde esta a minha bolsa? Como vou pagar a minha estadia no motel? Como vou pagar pelo que eu consumir?

Oh meu Deus, paro no acostamento da pista, e começo a procurar pela a minha bolsa em meu carro. Penso, se o Virgílio me deixou com o meu carro, talvez ele tenha me deixado com minha bolsa, apesar de eu ainda não entender o motivo de ele ter feito isso. E, encontro a minha bolsa atrás do banco do carona, olho rapidamente se a minha carteira está lá dentro, e sim está, e o meu dinheiro também. Ufaaa, que alívio.

Dou seta para a esquerda e deixo o acostamento, ando mais alguns metros, dou seta para a direita e entro no estabelecimento, peço a atendente uma suíte com hidromassagem, meu corpo dói muito, e acho que a banheira vai me aliviar.

Entro, estaciono o meu carro, na suíte presidencial A, desço, e fecho o portão da garagem privativa, abro o porta-malas do meu carro, agradecendo por não ter ido à loja, nem na quinta, e nem na sexta. Assim, as mercadorias que tinha que levar para lá ainda estavam em meu carro, pego uma das sacolas, subo as escadas, entro no quarto, fecho a porta e me jogo na cama.

Começo a pensar nos recentes e pavorosos acontecimentos, e, finalmente, a minha ficha caiu, eu fui estuprada. A culpa me tomou por completo. Como eu pude ser tão burra? Como eu pude ir à casa de Virgílio? Foi tudo culpa minha, eu fui tão boba.

Não posso voltar para casa, não posso contar isso a Arthur, ele nunca entenderia, e também não posso voltar para a casa dos meus pais, pois com certeza meu pai me expulsaria. Não estou exagerando não, meu pai é um homem extremamente conservador.

Para vocês terem uma ideia, a minha tia Helena, a irmã dele, começou a trabalhar na empresa da família, a herança do meu falecido avô. Nossa empresa é uma das maiores empresas de advocacia do estado, L & A, o meu avô era um fofo, às vezes, pois a sigla da empresa significa: Leonard e Amélia, que são respectivamente os nomes dele e de minha avó.

Ironias do Destino - CompletoWhere stories live. Discover now