2

345 47 9
                                    

Não era o endereço de minha casa ou da casa de meu assassino, mas o endereço ficava na mesma rua. A rua que eu havia crescido e morrido - ou assassinada. Me esforcei para lembrar de quem era aquele endereço. Um flash aparece em minha mente e me lembro de quem é casa cujo consta no endereço.

- Dona Mirtiz. - eu falo inconsciente.

- Não, meu nome não é Mirtiz. É Tomaz. - o califa muito bonito fala olhando para mim.

- Não estava me referindo a você e sim ao dono do endereço.- Eu falo um pouco rude - Tomaz, um califa com nome humano? - questiono - Pensei que vocês se nomeassem por números?

- Eu não, me chamo Tomaz. - ele responde formal.

- Certo, quando partiremos? - pergunto igualmente formal.

- Amanhã Comandante, esse endereço se trata de uma pessoa pacífica, que possivelmente vai compactuar com a nossa causa. - ele fala como se houvesse decorado as informações - Essa humana tem convicções ... Como se diz ... Ela é alternativa ! - ele completa.

- Eu entendo. Então até amanhã! - eu digo indicando o fim da conversa.

Dona Mirtiz, eu podia sentir o cheiro do doce de maçã que ela fazia. Mirtiz era tipo uma vizinha hippie super naturalista, que não comia nada proveniente de animais, ela era a vizinha mais bondosa do bairro, ajudava em todas as causas sociais possíveis. Agora eu percebo que a dona Mirtiz era muito semelhante com os seres dos planetas do Conselho.
(...)

Bam, bam , bam ...

As batidas na porta são insuportáveis e eu permito que eu tenha o sentimento adolescente de pedir mais cinco minutinhos, ou quem sabe uma eternidade para apreciar essa maravilhosa cama que com toda certeza foi projetada para mim. Levanto e vou olhar quem é na câmera, Tomaz .

Droga, já passou da hora, eu devia ter levantado a meia hora para organizar meus pensamentos, graças a tecnologia de Plátia eu só preciso entrar em meu banheiro e em segundos estou higienizada , além de estar vestida com a roupa pré selecionada. Abro a porta e o califa olha para mim, como se quisesse ler minhas emoções.

- Olhe, não tente ficar utilizando está maldita habilidade de leitura de sensações em mim. - falo mais irritada que deveria.

- Me desculpe, eu não quis intimidá - la ou constranger. - ele se desculpa.

Eu havia usado uma palavra rude e tinha soado irritada, mas ainda assim o califa não tinha se chocado como é natural para todas espécies de qualquer planeta do Conselho, que sempre priorizavam a empatia e a gentileza com o próximo.

- Eu é que peço desculpa - começo centralizando o meu humor para o habitual - Ás vezes ainda cedo para atitudes humanas, as experiências feitas por minha restauradora não foram o suficiente para mudar isso.

- Sem problemas - ele responde olhando para a manga longa do próprio casaco, estava usando roupas humanas.

- Suponho que tenhamos que ir ? - pergunto.

- Sim, a cápsula já nos espera. A senhora desembarcará primeiro e usará sua habilidade de camuflagem. - ele explica caminhando pelo corredor.

- Quantos além de nós estão indo para Terra hoje? - pergunto quando chegamos a uma cápsula diferente de todas as que eu já tinha visto.

- Apenas nós. - ele entra primeiro - As avaliações para possíveis candidatos às missões começarão amanhã.

Éramos os primeiros, eu iria iniciar a busca pela cura. Seria eu a responsável por um início de uma intervenção, que poderia se tornar violenta. Aquilo com toda certeza ficaria na história, não por ser uma intervenção, mas sim pela possibilidade de ser violenta. Uma luz se acende no painel da cápsula, e nos instrui a colocar uma amostra de material genético, que seria enviada para um dos laboratórios.

EXTINÇÃO Tahanan ng mga kuwento. Tumuklas ngayon