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Ficou para o dia seguinte a remoção da segunda amostra, apesar de eu achar desnecessário, já que tinha um segundo humano vulgo meu assassino na Central e ele poderia ser usado. No entanto, como ele é um doente seria muito arriscado utilizar uma única particular daquela imundice que ele tem dentro do crânio. Quando eu me encontrei com Tomaz nós iniciamos uma longa conversa e acabamos nos perdendo, sobre o que nós conversamos coisas bobas e simples, nós perdemos no tempo diante desses assuntos. Tomaz exerce um efeito de imã comigo, ele atrai todos os meus sentidos e pensamentos, talvez até ações.

Quando eu voltei para o meu logradouro Felipe estava no sofá, assim que me viu desligou o computador rápido e ofegante, ele está me escondendo alguma coisa, mas não deve ser nada grave ou relevante. Nós tivemos uma conversa breve e sem importância, eu mal olhei para ele. E depois que eu para a cama só levantei e fui para cozinha tomar café, a uns instantes atrás eu estava preocupada se seria difícil a missão futura , mas agora aquela declaração foi súbita.

- Você tem razão, eu sou o intruso aqui. E é por isso que eu vou embora assim que eu pude.

Ele estava revoltado, as bochechas estavam vermelhas e já pressentia que ele passaria uma das mãos na nuca.

- Do que está falando? - eu pergunto olhando duramente e desvinculado a atenção do anel.

- Eu fui chamado para fazer parte da intervenção, vou receber um logradouro e irei sair daqui em seguida. - eles diz como se tudo fosse simples. Ele parece um explosivo. - Vou deixar de ser inerte e começar a fazer algo útil, mesmo que seja destruir a minha própria raça. Vou ocupar minha cabeça com isso - a voz dele sobe uma oitava - Pra não terminar como você. Alguém que esqueceu quem realmente é.

- Não estou entendendo.

- Pois entenda, que quando eu cheguei aqui você não era essa garotinha confusa, você tinha objetivos. Tinha personalidade, agora parece que se perdeu nesta confusão de dúvidas do seu namoradinho.

As palavras dele são como pequenos bombardeamentos dentro de mim. Eu não devo ficar magoada com esse tolo, diz uma vozinha dentro de mim, eu sempre quis que ele fosse embora. Mas por que uma parte de mim resiste com essa ideia, por que uma parte de mim dá razão as palavras dele?

- Lyra olhe para você, no início eu achei que era impressão minha , talvez inveja, mas agora eu vejo com clareza sua situação. - ele ataca.

- Você não sabe o que está dizendo, você não sabe de nada! - me defendo.

- E você? Você sabe de alguma coisa? - ele me confronta e sinto meu interior tremer - Não você não sabe, você tem vivido em discórdia consigo mesma nos últimos tempos.

O anel em meu dedo começa a pesar e eu o retiro, sem dirigir o olhar para o acessório. Minha mente gira e me sinto tonta, parece que um sugador foi ligado em minha mente e ele está evaporando um nevoeiro.

- Você está errado! - algo resiste dentro de mim em contradição.

- Não estou, você sabe perfeitamente que está imersa em confusão. Você perdeu o controle e fica o tempo todo se perguntando o que está acontecendo, e tudo isso é culpa dele. - ele retruca já calmo.

- Não fale de Tomaz eu o a... Eu o ... - eu não consigo completar a frase - Por que está fazendo isso? Por que está falando essas coisas se intercedeu por ele quando eu o odiei ?

- Nunca intercedi por ele, só disse o que eu pensava, e isso incluía o fato de a impossibilidade de eu deixar as pessoas cujas eu amo sofrerem! - ele está impassível.

Diferente de minha mente que está girando, eu sempre estive em dúvida em relação a Tomaz ao mesmo tempo que eu o queria eu duvidava dele. Fui levada por impulsividade nos últimos tempos e todos os meus objetivos se tornaram adjacentes enquanto Tomaz esteve presente. Qual foi a última vez a qual eu questionei o comportamento do Conselheiro e a intervenção que de tornou apenas uma obrigação tal qual um emprego.

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