12

152 25 3
                                    

- Estabeleça contato com a nave principal deles. - eu peço identificando- a.

Vejo os operadores começarem o trabalho, olhos para os lados e procuro planetas, faço uma busca no painel e vejo somente planetas e corpos estelares desabitados. Fico mais aliviada e torço para que os Nicals não queiram uma atitude agressiva, apesar de saber que eles mantém uma guerra civil intensa que se iniciou antes de minha chegada ao
Conselho.

- Contato estabelecido, pode falar Comandante. - o califa diz.

- Nicals, seu líder me escuta? - falo um pouco nervosa.

- Sim, sou Bakura o líder oposicionista da guerra em Nical e comandante deste ataque . - uma voz grossa e rude nos responde.

- Aqui é o Projeto Lyra, que vos fala, qual o motivo de vosso ataque aos
planetas do Conselho? - pergunto.

- Os Nicals já não morrem apenas pelas mãos de nossa guerra civil, mas também pelo Mortium, ele está nos dizimando! - ele responde quase em berro.

- Nos não temos responsabilidade com isso, nos nunca apoiamos ou fizemos algum tipo de interferência em sua guerra interna. Os planetas do Conselho sempre manteram neutralidade, nos nunca atacamos nenhum Nical! - eu respondo firme.

- Nossa luta é pela democracia, os rebeldes lutam por um poder de escolha, enquanto ditadores nos atacam em nosso planeta, onde lutamos por nosso direito. - o Nical está bem mais calmo - Não se esqueça, comandante, quem escolhe a neutralidade apoia o lado opressor. E vocês fizeram a escolha.

- Ainda assim não existe motivo para que vocês nos ataquem, nunca ferimos um ser de seu planeta. - respondo, mesmo sabendo que de alguma forma o Nical está correto, nossa neutralidade, talvez seja apoiadora de ditadores.

- Vocês têm a cura do Mortium, nós precisamos dela, quando salvarmos o povo do vírus não existiram mais rebeldes ou ditadores, existiram apenas Nicals. - ele responde.

- Nós não temos a cura! - eu respondo - Ainda estamos trabalhando nela, mas não a temos, é um processo longo até seu desenvolvimento e nosso povo também sofre nas mãos do Mortium.

- Você mente! - ele exclama.

- Não podemos mentir, temos esta lei no Conselho. - me defendo.

- Vocês mentem para manter esta maldita neutralidade! - ele está impaciente - A conversa acabou! Não haverá acordo, que comece a batalha!

E o sinal de comunicação foi cortado, o silêncio pairou na minha nave e eu sabia que deveria dar alguma ordem , mas qual? Atacar aquele povo já tão molestado. O primeiro disparo veio dos Nicals, a bola vermelha de energia quase nos acertou, foi somente alguns centímetros. Isso me fez acordar, eu também tinha vidas nas mãos , se eu não fizesse nada , o sangue daqueles que estavam do meu lado também sujaria meu nome.

- Montem uma barricada, e avancem devagar até cercá - los. - peço e logo vejo minha ordem ser obedecida - O escudo conjuntal deve ser estabelecido, duvido que os disparos deles sejam mais potentes.

- Ordem realizada! - um platium diz.

Os Nicals estão atirando, enquanto avançamos prontos para fechar um círculo em volta delas. As naves deles não são tão grandes ou potentes como as nossas, e eu pretendo uma rendição da parte deles. As bolas vermelhas vêem e são dissipadas em nosso escudo. Os Nicals tem apenas duas unidades a menos que nós, será difícil cercá - lo por completo, mas conseguiremos. Os Nicals rebeldes param de atirar e começam a se mover provavelmente, perceberam nossa estratégia.

As naves inimigas estão se posicionando, como se fossem gigantes peças de lego, vejo- os formar uma massa de ferro. Agora seria mais fácil de cercar o grupo, mas duvido que eles não tenha pensando nisso.

EXTINÇÃO Where stories live. Discover now