Capítulo III

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— Ai! — Coloco a mão em minha cabeça, sentindo uma forte pontada.

— Isa! — fala o Luan com uma mistura de alívio e preocupação na voz.

— O que aconteceu? Onde estou?

Olho ao redor e vejo que estou em uma maca, em um quarto semelhante ao que minha mãe está. O Luan está ao meu lado, segurando minha mão.

— Como vim parar aqui?

— Sua pressão caiu e você desmaiou, então te trouxeram para cá para poder se recuperar.

— Ah sim, por quanto tempo fiquei apagada?

— Por uns dez minutos.

— Tudo isso? — Tento me sentar e dou um gemido de dor.

— O que houve? — Seus olhos transbordam preocupação.

— Estou com muita dor de cabeça. — Suspiro.

— Ah sim. Aguarde aqui que vou chamar uma enfermeira.

— Tudo bem. — Continuo deitada fitando o teto.

Ele vai até a porta e sai da sala. Poucos minutos depois, a porta é aberta.

— Pronto — diz a mesma enfermeira de antes, entrando acompanhada do Luan. Ela coloca um líquido em minha veia através de outra saída que há no tubo do soro. — Em breve sua dor de cabeça passará.

— Eu quero ver minha mãe.

— Sem problemas, porém antes repouse um pouco. Daqui a meia hora eu venho tirar o soro e te libero, mas saiba que sua mãe está dormindo.

— Tudo bem! — Suspiro enquanto ela sai do quarto.

— Sua mãe vem parar no hospital, aí você vem para vê-la e para numa maca também! Sua meta é me deixar louco? Porque se for essa, está conseguindo. — Luan dá um sorriso.

— Pare de falar besteiras, seu bobo. — Bato no braço dele com a mão livre.

— Ai, essa doeu. — Ele esfrega o braço com a outra mão.

— Bem feito! — Dou língua para ele.

— Ah, é assim? — Ele faz uma expressão de safado e vem se aproximando com um sorriso sacana no rosto.

— Ah não, Luan! Não! — Sorrio.

— Já era, Isa! — Ele começa a fazer cócegas em mim enquanto eu gargalho.

— Para, para!

— Pede por favor.

— Luan, o soro! — Ele de repente para.

— Ai meu Deus, é mesmo, Isa! Eu esqueci, mil desculpas. — Ele me olha preocupado. — Te machuquei?

— Sim. — Faço bico.

— Sério? — Ele dá um passo para trás, inseguro. — Desculpa, quer que eu chame a enfermeira?

— Brincadeira, eu estou bem! — Sorrio para ele, que suspira de alívio.

— Que susto. — Ele se aproxima. — Tem certeza que não te machuquei?

— Claro que tenho. — Sorrio para ele. — Você nunca me machucaria.

— Não mesmo.

Ele vem me dar um beijo na bochecha no mesmo momento em que viro meu rosto para olhá-lo e acidentalmente me dá um selinho, mas rapidamente se afasta.

— Desculpa, Isa. Eu...

— Calma, sem problemas. — Sorrio. — Senta aqui. — Bato com a mão livre na ponta da cama.

A Primeira PétalaWhere stories live. Discover now