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ALINA CHORAVA SEM parar, fazia duas semanas que estava naquele cativeiro. Não sabia ao certo o que lhe iria acontecer mas o seu sexto sentido a alertava na possibilidade de nunca mais sair daquele lugar.

Como ela queria o colo de sua mãe, que saudades eram aqueles até os traquinas dos seus irmãos a faziam falta naquele momento.

Muitas meninas ali, já estavam acostumadas a rotina daquela casa, de dia teriam de arrumar e limpar tudo, uma hora ou outra saíam e voltavam de madrugada, certas vezes teriam de satisfazer as necessidades sexuais dos homens que ali trabalhavam.

As noites todas teriam de trabalhar na discoteca do espaço, para apaziguar as suas dores e afastar seus pensamentos, quase todas usavam drogas, Alina ainda não sabia com certeza o que faziam ali mas já imaginava.

Por dia naquele espaça uma ou duas morriam por overdose, em uma semana uma se suicidava, seus corpos eram jogados nos mares ou nos rios, em qualquer lugar, desde que não levantasse suspeitas.

Pércio era o dono de algumas casas noturnas em illinois, por isso deixou Alina ali perto para poder vigiá-la, mas depois ela seria leiloado em outro estado.

Eram quase oito horas da noite e seria seu primeiro dia de trabalho como prostituta, com medo ela encarava as outras meninas enquanto elas se preparavam.

_ Olha é melhor te apressares, se te apanharem assim, vais sofrer as consequências.

_ Me deixa, eu não vou fazer o que querem.

_ Burra, ela pensa que aqui é a casa da mamãe.

_ Não fala assim da minha mãe

_ Ah.A princesinha está com dor, por mim tomara que tu morras, seria bem melhor.

Todas saíram, enquanto Alina ainda tentava entender como foi tão burra e estúpida, como é possível ela não saber que o perigo estava tão perto assim, o que seria de sua vida de agora em diante.

Prisioneiros do tráficoOnde histórias criam vida. Descubra agora