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Três dias depois do desaparecimento de uma criança de 13 anos a polícia ainda não tinha nenhuma pista do que poderia ter acontecido. Os pais agoniados pediam pela justiça.

Ouvindo noticias de desaparecimentos de pessoas pela rádio do carro, Flávio bate forte do volante fazendo a roda do carro contorcer para lado contrário da rua state street.

Porra, porra, esses desgraçados não param.

Algo tem que ser feito.

Eu preciso fazer alguma coisa.

Parecia que nada dava certo para aqueles que tentam de uma forma ou outra fazer o bem.

Flávio estava a dirigir a cerca de meia hora, até que ele se deu conta que não sabia onde ia. O sol estava quase se pondo e ele ainda não sabia o que fazer, por onde devia começar então daí se lembrou de algo muito importante que há muito tempo assombrava a sua vida.

O que te aconteceu cara, foste dormir com uma velha e aí o marido te botou para correr? (risos)

Nossa que horror, tu és um doente, porco.

Ei, rapaz queres uma bala? Ficaste doido de vez ?

Flávio lembrou do dia em que ele foi drogado e jogado na rua, as poucas lembranças iam voltando.

Após várias horas tentando se lembrar de como chegou naquele lugar, a polícia o prendeu.

Das poucas coisas que de vez em quando sua mente tentava lhe mostrar, ele não tinha dúvidas que seu pai esteve envolvido as imagens distorcidas e as vozes repetitivas e confusas, depois que acordou em casa no seu quarto.

Tu és meu filho

Tenta ao menos ser igual a mim.

Por causa disso os dois não se dão bem, seu pai sempre negou ter qualquer envolvimento e chamava Flávio de drogado. Robert para contornar a situação sempre chamou seu filho, fazendo ele acreditar que usava drogas e teve uma overdose.

Ele não conseguia acreditar que um dia usou drogas e que não lembrava mais, e porquê certas vezes a voz do seu pai aparecia tão nítidos na memória.

Prisioneiros do tráficoWhere stories live. Discover now