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Milena corria no meio da multidão até chegar num pequeno rio perto de sua casa, os seus pais riam e chamavam por ela.

Milena, espera por nós.

Vem pai, mãe corre.

Não querida cuidado. Estamos perto.

Filha, espera por nós.

Vem mãe, vem.

Se sentia cansada, mas não conseguia parar, seu desejo era de seguir em frente de continuar a correr apesar de sentir seu coração bater forte seus pés estavam leves e relaxados, ela ria alto e gritava para os seus pais que corriam as pressas mas não conseguiam alcançá-la.

Já perto de casa Milena sentiu um suor frio no seu rosto já não era mais aquela criança de 8 anos era adulta, sua roupa estava suja de sangue e rasgada, de pé em frente a um rio ela olhava com atenção vários corpos mutilados indo rio abaixo, do outro lado uma homem a espiava mas seu rosto era todo coberto, ela sentia seus olhos encarando-a, um pequeno barulho de galho a quebrar e vozes a fez Milena despertar do seu transe eram seus pais atrás dela com lágrima nos olhos. Filha o que tu fizeste? Sem saber o que estava a acontecer ela os encarava triste e desconfiada, ainda estava confusa há pouco tempo estava a correr num parque.

Não é minha culpa, eu não queria, ela começou a chorar tentando se explicar, muitas pessoas começaram a chamá-la de assassina, assassina, assassina.

Não, não fui eu, não tenho culpa.

Por favor parem, pai, mãe.

Sua mãe tentava segurar nas suas mãos, mas a multidão entre elas dificultava muito, as imagens começaram a ficar escuras, as vozes cada vez mais altos, Milena tremia e gritava que não era sua culpa, sua mãe chorava e chamava por ela, filha vem, quando finalmente conseguiu segurar não era a mão de sua mãe mas sim de uma pessoa qualquer uma mão sem corpo e Milena gritou e acordou num susto, suada e a tremer.

_ Acordaste, pensei que estavas morta, mandei chamar um médico.

Dolorida e tonta, ela levantou da cama a tropeçar e diz. _ Me deixa em paz seu estúpido.

_Eu estava fora de mim, não queria te machucar.

_Sempre dizes isso, lembras? Mas nunca cumpriste, quantas vezes já me bateste, já me deixaste morta no chão?

_Agora é diferente, eu te farei feliz, eu amo-te Milena.

Ela sabia o que ele seria capaz de fazer por ela, mas daí que nunca mais seria agredida não condizia com a personalidade daquele homem. Milena não se importava com as dores no corpo porque eles não são nada diante da dor costurada na sua alma.

Apesar de tudo, ela precisava dele da sua protecção, queria nem que seja de longe ver sua família, saber que eles seguiram a vida. Agora ela estava bem diferente, mais crescida, depois de ter aceitado casar com Rehx mudou por completo seu visual eles não seriam capazes de reconhecê-la, mas um dia ela conquistará a confiança dele e poder sair sem nenhum dos seguranças dele.

_ Eu sei Rehx, sei que não estavas bem, mas havia necessidade de tentares me forçar caramba, estou aqui contigo não estou? Sou sua mulher agora.

_Me desculpa, não sei aonde eu estava com a cabeça, prometo que nunca mais voltará a acontecer.

Robert se ajoelhou perto da Milena e pede perdão, é visível um leve inchaço na sua boca. Milena tinha um lado do rosto inchado, a sua perna já curada e seu rosto vermelho e inchado.

Tudo o que eu já sofri até agora não é nada diante daquilo que irei fazer contigo seu porco, monstro.

_ Olha assim que o médico chegar ele irá cuidar melhor dessas feridas, e eu serei a pessoa mais bondosa do mundo.

Eu sei que serás.

_ Farei uma reserva de viagem , viajaremos juntos, sairemos desse país conhecer novos lugares pessoas, o que achas?

_ Claro.

Ela tocou no rosto dele ebeijou-o suavemente com raiva e ódio, e ele retribui com um beijo moderadolento com muita obsessão e desejo. Os dois se entrelaçaram, beijavam-se e seacariciavam demonstrando sentimentos diferentes de ódio e amor, obsessão evingança, desejo e nojo.     

Prisioneiros do tráficoWhere stories live. Discover now