Robert viajou para o Egipto, enquanto Milena despistara a polícia na Turquia e fugiu para Estados Unidos, ao chegar na casa onde morava com Rehx encontrou tudo destruído.
Ela procurava aflita por suas coisas deixada na casa que estava completamente queimada.
Flávio e Peter revistavam o bunker da casa mas também nada foi encontrado. os três saíram dos cómodos apressados e resmungando de ódio e se encontraram na sala, Flávio se assusta com a presença da Milena.
_ O que fazes aqui?
_ Eu moro aqui lembras?
_ Morava, pensei que tu e o meu pai fossem cúmplices?
_Sabes perfeitamente que não.
_ Será que sei mesmo?
_ E perguntas para mim?
_ Sim, foste tu quem casou com ele e ainda tentou matá-lo.
_ E?
Peter que estava ao lado de Flávio tentava entender o que acontecia ali, deu uma leve palmada no ombro do amigo que logo os apresentou de forma irónica.
_Então tu és a Milena Hill?
Milena franze a testa olhando para Peter com deboche no rosto.
_ E tu és?
_Peter, Peter Cavanaugh.
_ Então prazer, agora se me dêem licença?
_ Não, não damos nada, primeiro vais nos dizer aonde está o meu pai? Diz Flávio se aproximando bruscamente da moça.
_ Se ele fosse pai, saberias onde ele estava, pois não?
Peter vê que Flávio estava fora de si e chama para perto de si pedindo que ele se acalmasse.
_ Milena se não és cúmplice de Robert Spencer, então nos diz para onde ele foi?
_ Se eu soubesse seria a primeira pessoa a contar para a polícia.
_ E porquê tu queres o meu pai na cadeia?
_ Pergunta para ele, já que és o filho pródigo.
Os dois se encaravam, e se enfurecem, Milena deu de costas apressada e Flávio novamente aproximou dela segurando-a nos braços .
_Me solta, diz Milena movendo seu braço rapidamente se desvencilhando do Flávio._Eu não sei nada sobre aquele monstro, por mim tomara que ele morra. Ela começou a chorar, naquele momento parecia que o passado voltou em forma de trovoada na sua mente e Milena caiu no chão desesperada e tremendo.
Ela chorava como uma criança, esqueceu-se que tinha mais alguém ali, ela só lembrava e via seu mundo desabar mais uma vez por causa daquele homem, mesmo depois de ter dado várias pistas á polícia, eles não foram capazes de prendê-lo a tempo, e ela sabia que mais cedo ou mais tarde ele descobriria que era ela quem estava a colaborar com a polícia e perderia a sua última chance de ser livre.
Milena não ouvia nem sentia Flávio e Peter chamando-a e dando leves palmadas no seu ombro, á sua frente um mundo completamente obscuro estava crescendo novamente. Enquanto eles tentavam tirá-la do transe Peter começava a ter leves lembranças sobre aquele rosto, um sinal que ela possui no pescoço foi mencionado tantas vezes pela mãe dela.
_ Sophie és tu não é?
Flávio olhou para o amigo estranhando-o, Milena arregalou os olhos ao ouvir aquela voz e aquele nome, que lhe parecia tão familiar.
_ Sophie Milena Hill? É o nome dela.
_ Como sabes?
Peter colocou para o lado uma mecha do cabelo dela e mostrou para Flávio um sinal que parecia uma ilha no pescoço dela.
_ É ela tenho certeza.
_ Como tu me chamaste? Milena vira para Peter olhando-o profundamente nos olhos, falando com voz rouca e serena.
_ Não te lembras?
_ Antes não.
Flávio agora sentira pena, antes ele via uma linda mulher, depois uma estranha uma pessoa misteriosa, mas agora ele via uma menina perdida que parecia esconder muita dor e sofrimento.
_ Eu sonhava com um criança correndo feliz num quintal, e alguém a chamava um nome, quando eu acordava tentava a todo o custo lembrar mas não conseguia.
Disseram que o meu nome era Milena ou the morder, que eu não podia nem sequer pensar ou imaginar outro nome, que eu não tinha e nunca tive uma outra vida, lá era minha casa e eles eram a minha família.
_ Eles quem?
_ Meu pai dizia isso?
_Todos os dias eu era treinada a não pensar ou sentir, me ensinaram a ser o que eu sou hoje, quando a lição não era com palavras era com...
_ Com o quê?
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Prisioneiros do tráfico
Mystery / ThrillerMilena Hill foi sequestrada e mantida prisioneira mas, para sobreviver, só havia uma saída, matar ou morrer e ela teve que aprender a viver, lutar até ser obrigada a matar. Esta menina sentia que só havia esse caminho a seguir, embora sabendo que te...