Identidade perdida 26

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Robert viajou para o Egipto, enquanto Milena despistara a polícia na Turquia e fugiu para Estados Unidos, ao chegar na casa onde morava com Rehx encontrou tudo destruído.

Ela procurava aflita por suas coisas deixada na casa que estava completamente queimada.

Flávio e Peter revistavam o bunker da casa mas também nada foi encontrado. os três saíram dos cómodos apressados e resmungando de ódio e se encontraram na sala, Flávio se assusta com a presença da Milena.

_ O que fazes aqui?

_ Eu moro aqui lembras?

_ Morava, pensei que tu e o meu pai fossem cúmplices?

_Sabes perfeitamente que não.

_ Será que sei mesmo?

_ E perguntas para mim?

_ Sim, foste tu quem casou com ele e ainda tentou matá-lo.

_ E?

Peter que estava ao lado de Flávio tentava entender o que acontecia ali, deu uma leve palmada no ombro do amigo que logo os apresentou de forma irónica.

_Então tu és a Milena Hill?

Milena franze a testa olhando para Peter com deboche no rosto.

_ E tu és?

_Peter, Peter Cavanaugh.

_ Então prazer, agora se me dêem licença?

_ Não, não damos nada, primeiro vais nos dizer aonde está o meu pai? Diz Flávio se aproximando bruscamente da moça.

_ Se ele fosse pai, saberias onde ele estava, pois não?

Peter vê que Flávio estava fora de si e chama para perto de si pedindo que ele se acalmasse.

_ Milena se não és cúmplice de Robert Spencer, então nos diz para onde ele foi?

_ Se eu soubesse seria a primeira pessoa a contar para a polícia.

_ E porquê tu queres o meu pai na cadeia?

_ Pergunta para ele, já que és o filho pródigo.

Os dois se encaravam, e se enfurecem, Milena deu de costas apressada e Flávio novamente aproximou dela segurando-a nos braços .

_Me solta, diz Milena movendo seu braço rapidamente se desvencilhando do Flávio._Eu não sei nada sobre aquele monstro, por mim tomara que ele morra. Ela começou a chorar, naquele momento parecia que o passado voltou em forma de trovoada na sua mente e Milena caiu no chão desesperada e tremendo.

Ela chorava como uma criança, esqueceu-se que tinha mais alguém ali, ela só lembrava e via seu mundo desabar mais uma vez por causa daquele homem, mesmo depois de ter dado várias pistas á polícia, eles não foram capazes de prendê-lo a tempo, e ela sabia que mais cedo ou mais tarde ele descobriria que era ela quem estava a colaborar com a polícia e perderia a sua última chance de ser livre.

Milena não ouvia nem sentia Flávio e Peter chamando-a e dando leves palmadas no seu ombro, á sua frente um mundo completamente obscuro estava crescendo novamente. Enquanto eles tentavam tirá-la do transe Peter começava a ter leves lembranças sobre aquele rosto, um sinal que ela possui no pescoço foi mencionado tantas vezes pela mãe dela.

_ Sophie és tu não é?

Flávio olhou para o amigo estranhando-o, Milena arregalou os olhos ao ouvir aquela voz e aquele nome, que lhe parecia tão familiar.

_ Sophie Milena Hill? É o nome dela.

_ Como sabes?

Peter colocou para o lado uma mecha do cabelo dela e mostrou para Flávio um sinal que parecia uma ilha no pescoço dela.

_ É ela tenho certeza.

_ Como tu me chamaste? Milena vira para Peter olhando-o profundamente nos olhos, falando com voz rouca e serena.

_ Não te lembras?

_ Antes não.

Flávio agora sentira pena, antes ele via uma linda mulher, depois uma estranha uma pessoa misteriosa, mas agora ele via uma menina perdida que parecia esconder muita dor e sofrimento.

_ Eu sonhava com um criança correndo feliz num quintal, e alguém a chamava um nome, quando eu acordava tentava a todo o custo lembrar mas não conseguia.

Disseram que o meu nome era Milena ou the morder, que eu não podia nem sequer pensar ou imaginar outro nome, que eu não tinha e nunca tive uma outra vida, lá era minha casa e eles eram a minha família.

_ Eles quem?

_ Meu pai dizia isso?

_Todos os dias eu era treinada a não pensar ou sentir, me ensinaram a ser o que eu sou hoje, quando a lição não era com palavras era com...

_ Com o quê?

Prisioneiros do tráficoWhere stories live. Discover now