Capítulo 18

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Na manhã seguinte, eu nem quis tomar café, de tão ansiosa que estava para chegar logo na Clínica. Meu pai se manteve calmo o tempo todo. A imagem a tranquilidade e da serenidade.

Assim que chegamos, Doutor Salvatore nos recebeu e nos explicou como seria tudo e quanto tempo o meu pai realmente passaria lá, incluindo a recuperação. Eu estava tão animada, que ouvi cada palavra como se a minha vida dependesse daquilo.

Me despedi do papai e prometi que iria visitá-lo sempre.

— Não se preocupe, eu irei ficar bem. Acho que você tem coisas com que se preocupar, como os preparativos do seu casamento. — Ele disse, calmo com um sorriso no rosto.

— Sim, eu tenho. Mas deixarei tudo para resolver tudo quando Camila chegar.

— Quando ela vem? — Papai perguntou, já se acomodando na cama do quarto onde ficaria até a cirurgia.

— Ela disse que conseguiu um vôo para chegar aqui na segunda-feira à tarde. Estou morrendo de saudades dela, pai — eu falei, acariciando sua mão.

Papai sorriu e pela primeira vez desde que saímos de casa, ele parecia desconfortável.

— Tudo bem, pai? Precisa de alguma coisa? — Perguntei alarmada.

— Não, não, filha. Só... estou ansioso — ele disse e apertou a minha mão. — Eu sei que tudo sairá bem, Letícia.

Eu acreditei nas suas palavras. Precisava acreditar.

* * *

Os dias foram passando e eu estava cada vez mais entediada e frustrada. Giancarlo estava me evitando desde o nosso passeio de bicicleta na terça-feira e eu não sabia explicar o porquê disto.

Não quis dar uma de noiva ciumenta e possessiva. Até porque não tenho nada realmente com ele, por isso, deixei-o livre para fazer o que bem quiser sem ter que me dar satisfações.

Era segunda-feira de manhã e tinha acabado de chegar da Clínica. Fui ver como papai estava e me assustei com seu bom humor apesar de toda a situação. Sua operação havia sido marcada para quarta-feira da semana que vem, duas semanas antes da data do meu casamento.

Esta tarde também iria buscar Camila no aeroporto e isso me deixou imensamente feliz. Desde que cheguei aqui em Florença, tenho me sentindo muito só, apesar das aulas de italiano e das duas visitas que Antonella tinha me feito desde que fomos fazer compras.

Não importa onde eu estivesse, se Camila não estava comigo, não valeria a pena e eu me sentiria solitária. Estávamos ligada de um maneira que eu nem consigo explicar, apenas sentir.

As horas passaram voando e já eram quase duas horas da tarde quando cheguei no aeroporto junto com Santino e outros dois seguranças, que sinceramente, achei desnecessário.

Não precisei procurar muito para achar Camila. Seu vôo tinha acabado de pousar, mas ela já estava com sua mala enorme olhando para as pessoas e para o aeroporto como se fosse um mundo mágico.

Corri até ela e assim que ela me viu, soltou a mala, abriu os braços e correu até mim também. Nosso abraço foi tão apertado que poderia ter me quebrado uma costela, mas eu não liguei, só estava muito emocionada por ve-la de novo, e meus olhos encheram-se de lágrimas.

— Cami, não acredito que você está aqui! — Eu finalmente consegui falar e ela já estava chorando.

— Senti tanto a sua falta, Letty. Essa semana foi a pior da minha vida, sem você, sua vaca. — Ela disse com a voz embargada e as lágrimas continuaram a rolar.

Era Uma Vez Em Florença Wo Geschichten leben. Entdecke jetzt