Capítulo 23

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— Acho que ainda não tive a oportunidade de dizer o quanto você está linda, amore mio. — Giancarlo sussurra no meu ouvindo quando nos posicionamos na pista de dança montada no jardim.

— Obrigada. Você também está, hum... muito bonito — eu respondo baixinho, tendo consciência de que estou corando.

Ele apenas sorrir.

Assim que uma das suas mãos toca a curva das minhas costas e a outra segura a minha mão, eu ofego.

— O que foi? Não me diga que já quer ir para a lua de mel? — Giancarlo pergunta, fingindo espanto.

— Não seja ridículo. Eu só estou com, hã, um pouco de frio — falo desviando o olhar.

— Ah, claro. Imagino que o sol de fim de tarde não está esquentando você o suficiente. Bem, vamos resolver esse probleminha.

Ele cola ainda mais seu corpo no meu, me deixando totalmente ciente da proximidade do seu corpo. Decido ignorá-lo para o bem da minha sanidade.

A música começa e começamos a nos movimentar e rodopiar pela pista de dança. Os convidados estão em volta de nós, formando um círculo.

Enquanto dançamos, fico chocada com a facilidade com a qual Giancarlo se movimenta. Ele dança bem até de mais para um homem de negócios tão ocupado. Pensei que ele não tinha tempo para nada, mas pelo visto, ele tem tempo de sobra para fazer algumas aulinhas de dança.

Me esforço para me concentrar na dança e continuar sorrindo ao mesmo tempo. Mas a cada volta, Giancarlo gruda mais em mim. Não sei onde ele arruma mais espaço para juntar nossos corpos, pois se ele se apertar um pouco mais em mim, tenho certeza que ficaremos grudados permanentemente.

Uma movimentação no círculo de pessoas chama a minha atenção e vejo Camila se afastar sorrateiramente para dentro da mansão. Fico me perguntando o que ela quer lá dentro, mas decido não dar muita atenção a isso.

Assim que a música acaba, respiro aliviada enquanto nossos corpos se afastam. Mas no fundo, eu até que estava gostando... um pouco de mais.

É a vez dos convidados tomarem a pista de dança. Eles começam a dançar e eu aproveito a deixa para falar com a mãe de Camila que parece tão deslocada no meio de todas aquelas pessoas.

— Dona Marta? Não vai dançar? — pergunto com delicadeza.

— Ah, não. Já passei da idade de rodopiar pelas pistas de dança. Mas obrigada, minha querida. Seu casamento está lindo.

Eu sorrio e puxo-a para cima, de modo que ela tenha que se levantar da cadeira onde está sentada.

— Ora, mas como assim? Camila me disse que a senhora amava dançar quando era mais jovem.

Assim que ela abre a boca para recusar novamente, vejo meu pai se aproximando.

— Ah, papai! A dona Marta quer muito dançar. Por que não a acompanha?

A mãe da minha melhor amiga arregala os olhos para mim e eu fico momentamente com medo dela ter um ataque cardíaco e cair dura no chão.

— E porque não? Me daria a honra, Marta? — Meu pai estende o braço e ela aceito meio relutante.

Vendo eles se afastaram, sorrio e penso que eles dariam um belo casal.

*     *     *

Chegou a hora de jogar o buquê e estranhei não vê Camila presente. Já faziam quase três horas desde que a vi entrar dentro da mansão e ela ainda não tinha voltado.

Era Uma Vez Em Florença Donde viven las historias. Descúbrelo ahora