Capítulo 24

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"Amo como ama o amor. Não conheço nenhuma outra razão para amar senão amar. Que queres que te diga, além de que te amo, se o que quero dizer-te é que te amo?" – Fernando Pessoa

Bruno

Agora que tudo saiu conforme previamente combinado, tenho vontade de expulsar todos os convidados. Quero ficar em silêncio e sozinho para arquitetar uma maneira de atingir Inácio da mesma forma que ele me atingiu.

Ocorreu apenas um único conflito, mas nenhum que tenha sido explanado ao público para ele tentar me derrubar dessa maneira. Em pensar que quase transei com aquela adolescente louca, me faz rever todos os conceitos e concluir que ele não estava brincando.

Devo agradecer ao meu desejo exclusivo pela Laura. Sem saber, ela me freou e mostrou quem comanda a porra da minha libido, impedindo-me de foder com outra.

Ela me salvou de uma cilada.

E tudo isso só confirma mais minha incapacidade de tirá-la da cabeça, e, agora, do meu coração, porque ele tem doído todas as vezes que penso nela e não a vejo do meu lado.

Será amor? Como posso sentir algo tão intenso? É louco demais. No entanto, ficar lamentando sua ausência torna tudo mais frustrante e difícil. Me pegar nessa conflitante saudade por alguém que não liga, que não se importa, me causa uma porra de um mal-estar fodido. O que me faz refletir em como a Fatinha deve ter se sentido durante tanto tempo. Parece até castigo, que porra!

Bebo uma dose de Tequila e em seguida chupo um limão. Estou ansioso e inquieto. Não quero curtir festa nenhuma, mas também não quero ficar totalmente sozinho, como imaginei. Vou arrastar Paula e Rubens daqui e ir para um lugar tranquilo.  Levanto-me da cama e ando em direção à porta, mas surpreendo-me quando ela se abre e Larissa aparece em minha frente.

Será que não chega por hoje, Inácio?

Ela sorri maliciosamente. Antes que eu diga alguma coisa, retira o sobretudo preto e fica nua a minha frente. Ela vê que não movo nenhum dedo em sua direção e então toca o bico rosado de seus seios intumescidos.

— Não sabe como eu estava com saudade, Bruno. Tá esperando o que para me atacar? — Termina de falar e passeia a língua em torno dos seus lábios.

Aproximo-me de seu corpo com um desdenho articulado. Com a ponta do dedo indicador, toco o seio siliconado. Em seguida, posiciono a palma de minha mão abaixo dele para sentir seu peso, como se estivesse analisando algum produto descartável e pouco apreciável. Em um movimento rápido, seguro o bico intumescido e o aperto entre o polegar e o indicador. Ela solta um grito assustado, mas enfia sua mão entre as pernas e começa a se masturbar. Ela geme quando o aperto novamente.

Calmamente afasto minhas mãos de seu corpo e enfio nos bolsos da minha calça. O rosado de seu mamilo é substituído por um vermelho intenso. Provavelmente está ardendo, mas quando a vejo apertando o próprio mamilo com força, a fim de encontrar o prazer naquele toque dolorido, entendo que proporcionei uma nova maneira de obter prazer. Ela gostou do sadismo representado naquele toque.

— Sabe, Larissa, não estou interessado. Mudei de vida; estou me guardando para o casamento. Mas obrigado por tentar me entreter — digo calmamente e ironicamente.

— Adoro um homem puritano. Quero você mesmo assim! Na verdade, até me excito mais.

— Sei que sou irresistível assim como somas enormes de dinheiro. As mulheres se corrompem só para serem comidas por mim. Não sei se fico lisonjeado ou enfurecido. Quer me ajudar a decidir isso? — Não sei por que ainda perco meu tempo com ela, pois eu sei que está aqui a mando de Inácio.

Orgulho e Desejo (Revisando)Where stories live. Discover now