Quando a porta da mansão se abriu, Anne estava literalmente boquiaberta com o luxo ostentado em cada detalhe daquele imóvel.
— Bom dia, senhor Borislav! — Virando-se para Anne a cumprimentou com uma reverência. — Por gentileza, me acompanhem.
No caminho, o mordomo perguntou se eles gostariam de uma bebida, oferta esta que ambos rejeitaram. Abriu a porta dupla e os deixou entrar, fechando a porta atrás de si. Lorde Barrington estava sentado em uma cadeira de espaldar alto, mas levantou-se para cumprimentar Anne. Galantemente segurou a mão dela e encostou levemente os lábios.
— É uma honra finalmente conhecê-la, Milady.
— Eu posso me acostumar com isso. — Disse Anne olhando para Amir, usando o humor para disfarçar o nervosismo.
— Amir,— Disse Lorde Barrington com o tom e voz autoritário. — muito obrigado por trazê-la, fez um bom trabalho, agora, por favor, deixe-nos a sós.
Amir respirou fundo, testa franzida, estufando o peito como um animal desafiador. Anne o olhava, insegura, então segurou a mão dele e encarou o idoso de modos arrogantes.
— Se Amir sair, eu saio com ele!
— Muito bem... — Lorde Barrington sorriu. — Falou como uma verdadeira futura rainha. Por favor, sentem-se.
A porta dupla se abriu novamente e Jorge entrou. Como era um mordomo experiente, estava apto a não demonstrar quaisquer tipos de emoção em seu rosto, no entanto, uma gota de suor escorria pela testa, denunciando que algo o havia abalado e muito.
— Com licença, Milorde, Lorde Vladmir está lá fora e insiste em falar com o senhor.
Ezequiel entrou empurrando o mordomo para o lado.
— O que vocês velhos pensam que estão fazendo? Como se atreveram a mandar um de seus rogues para atacá-la-
Ezequiel interrompeu a fala ao se deparar ao ver Anne e Amir instintivamente a puxou para trás de si, de modo protetor e possessivo, olhando furioso para Ezequiel, que pareceu não se incomodar com a animosidade de Amir.
— Parece que cheguei na hora certa, uma bela reunião entre um cão de guarda, um velho decrépito e minha bela sobrinha...
Ezequiel pegou a mão de Anne e levou até os lábios, sem perder contato visual com ela. Ela o deixou beijar sua mão com seus olhos fixos no profundo negro dos olhos dele. Sentiu todos os pelos do seu corpo se arrepiarem com o toque gelado dos lábios de Ezequiel. O perfume que ele usava era inebriante, diferente de tudo que ela conhecia.
— Sobrinha? — Perguntou Anne, saindo do transe em que se encontrava,
Amir, irritado com o flerte de Ezequiel, soltou o ar pelo nariz, muito semelhante a um touro bravo. Passou o braço direito pelos ombros de Anne, puxando-a para junto de si. Ezequiel olhou para Amir com curiosidade, erguendo uma sobrancelha, Em seguida, seus lábios se contorceram em uma espécie de sorriso debochado e seus olhos se tornaram ainda mais negros.
Os olhos de Amir se encontraram com os olhos de Ezequiel em uma espécie de desafio. Os dois se encaravam. A tensão entre os dois era evidente. Ezequiel se virou para o dono da casa, que estava calado todo o tempo, observando o que acontecia sob seu teto atentamente.
— Não contou a ela, velho?
— Não considerei a hipótese apropriada. Mas já que tomou a liberdade de comparecer sem ter sido convidado, por gentileza, sente-se. — Disse Lorde Barrington sorrindo ao sentar-se mais uma vez em sua cadeira.
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Herança Sangrenta : Gênesis
ParanormalLivro pronto, editado e corrigido. Será postado um capítulo por semana, toda quinta feira. Quando uma jovem universitária descobre que foi adotada, descobre também que sua família adotiva tem muitos outros segredos. Sua vida corre perigo, assim com...