Capítulo XXXI

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       Agradeço a todos que dedicam um pouquinho de eu tempo para ler minhas histórias, e mais ainda a quem clica na estrelinha!!!

AÍ vai mais um capítulo fresquinho, espero que gostem. Estamos em pertinho do fim da primeira parte do livro.

*****

(Narrativa de Anne)

Nanda e eu sempre fomos amigas e sempre pude contar com ela, para as coisas mais loucas ou mais sérias. Confesso que mais para as mais loucas! Ela sempre me disse que estaria ao meu lado, mesmo que fosse para me ajudar a enterrar um corpo.

Eu acho que ela estava brincando, é claro...

Falei com ela de maneira curta e direta, apesar das inúmeras perguntas que ouvi. Não tinha tempo para explicações e, para piorar, estava com medo do vampirão ouvir a ligação e impedir meu plano de fuga. Serei eternamente grata ao Jorge por me entregar o celular! Sem ele, eu não teria como me comunicar com ninguém fora da mansão e sabe lá o que esses fanáticos por profecias iriam me obrigar a fazer...

Saí do quarto tentando não fazer barulho, embora acreditasse que vampiros, ou Upyrs como Amir gostava de se chamar, tivessem uma audição mais apurada do que nós, simples humanos. Em alguns minutos Nanda chegaria de carro e teria que correr o mais depressa possível e escapar.

Minha intenção era ir direto para casa ver minha família. Daquele momento em  diante duvidava de tudo que Amir tinha me dito. Se ele pôde mentir sobre o que sentia por mim estando o tempo todo com a ruivona, por que deveria acreditar que o resto era verdade?

Passei pelo corredor e ouvi as vozes alteradas dos tais Lordes. Parecia que estavam se desentendendo! Maravilha para mim, pois seria mais fácil escapar sem que percebessem.

Deixei o celular no silencioso para que, quando Nanda ligasse confirmando que chegou, sentiria a vibração sem chamar atenção deles. Segui em direção ao hall de entrada, minha respiração alterada pela ansiedade.

Poucos passos para a liberdade...

Vai a algum lugar, Lady Anne?

Levei a mão a boca em um esforço para conter o grito de susto. Parado, com os braços cruzados sobre o peito do outro lado do hall, estava Augustus. Meu coração acelerou com meu desespero, minha chance de fuga perdida.

Hey, não me olhe desse jeito, Milady, não tive intenção de causar-lhe susto! Ele descruzou os braços e deu dois passos lentos em minha direção, sorrindo de maneira amigável.

Eu... O que você está fazendo aqui? — Decidi que a melhor defesa era o ataque.

Nada demais... Tentando me distrair um pouco enquanto os velhotes decidem minha vida como se eu não tivesse vontade própria. E você? Parecia estar de saída.

Nada! Eu não estava de saída...

"Boa, Anne, como espera convencer alguém assim?" Pensei comigo mesma passando a mão pelo rosto.

E ele riu...

Olha, Anne, a gente não se conhece, e eu tenho tanto desejo de me casar com você quanto você tem de se casar comigo, então, não precisa mentir.

Se você é contra essa armação, por que está aqui então? Por que não diz para seu pai que vo-

Não acha que tentei? — Ripostou me interrompendo e se aproximando ainda mais.— Diferente de você, eu não tenho escolha nem para onde ir. Acha que eles dão ouvido a alguém? Estão com essa ideia de profecia na cabeça há anos!

Herança Sangrenta : GênesisOnde histórias criam vida. Descubra agora