Quero ir embora

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Lucas estava em pânico, à cobra estava se rastejando para baixo da cama, a oportunidade dele correr para fora do quarto. Ao abri a porta, deu de frente com o sr. Olavo e sua esposa que estavam assustados.

— O que está acontecendo Lucas, porque esses gritos? — o senhor Olavo o continha preocupado, enquanto Lucas debatia para sair dali.

Maria Lurdes estava perplexa mediante do estado emocional de Lucas. O sr. Olavo virou a cabeça para o lado quando viu dois empregados de pijama chegando. Era o mordomo e o um dos empregados.

— Senhor Olavo, senhora Maria Lurdes — disse o mordomo ao se aproximar atento observando a movimentação do jovem em pânico. — Escutamos os gritos, viemos mais depressa que pudemos.

Todos olharam para Lucas, e o senhor Olavo o soltou.

— Lucas, se acalme, conte-nos o que aconteceu — Maria Lurdes pediu.

— U-uma co-cobra! — gaguejou e olhou para trás, assustado, e abraçou o senhor Olavo pela cintura com medo. — Po-por favor, quero ir embora daqui!

O sr. Olavo entre olhou intrigado para sua esposa, que ficou sem entender.

O mordomo e o empregado suspiraram, achando que o jovem estivesse tido um pesadelo.

— Deve ter sido um sonho — disse o mordomo tentando não parecer insatisfeito por ter sido acordado. — Aqui não tem cobras.

Lucas balançava constantemente a cabeça.

— Te-tem uma co-cobra sim, e-eu não estou mentindo! — disse ele e agora soltou do sr. Olavo e se afastou da porta, no momento que sua mãe aparecera no corredor, com a empregada Antônia.

— Filho, o que houve? — Melinda veio até ele nervosa, e ele a abraçou, em lágrimas.

— Quero ir embora daqui mãe!

O sr. Olavo não entendia nada.

— Calma Lucas, tem certeza mesmo que você viu uma cobra?

A empregada Antônia gritou. Todos tomaram um susto, olhando para ela.

— O que foi?! — Maria Lurdes perguntou após pular de susto.

A empregada apontava para dentro do quarto, tremendo.

— Eu vi algo debaixo da cama, meu Deus, parece uma cobra mesma!

Todos olharam para dentro do quarto e o mordomo fez um sinal para o empregado ao seu lado, para acompanha-lo e juntos começaram a entrar.

— Meu Deus, isso não pode ser possível... como pode ter uma cobra dentro de nossa casa? — Maria Lurdes não queria acreditar na ideia. — Isso não pode ser... — ela parou de falar quando o mordomo que se ajoelhou e espiou debaixo da cama, levantou assustado e pulou em cima da cama.

— Uma cobra!

Maria Lurdes e a empregada Antônia começaram a gritar e correr pelo corredor. Lucas ficou com sua mãe no mesmo lugar, e o senhor Olavo com coragem adentrou no quarto, e o mordomo saltou da cama, no estante que viu o patrão afastando a cama para o lado e a cobra se agitou, se movendo pelo quarto.

— Meu Deus, o que significa isso?! — O sr. Olavo estava perplexo. — Não fiquem aí parados, mate ela!

— NÃÃOOO! — veio uma voz atrás deles, adentrando o quarto, e sr. Olavo viu um dos amigos do filho passar por eles, e se ajoelhar de frente para a cobra, e a pegá-la. — Ela é minha, é inofensiva, deixe a em paz!

Lucas estava tremendo todo, e sua mãe tentava acalmá-lo nos seus braços.

— Por favor, meu anjo, agora está tudo bem, fique calmo.

— Mãe, eu... eu não quero mais dormir aqui, quero ir para sua casa, por favor, quero ir embora daqui agora!

David saiu do seu quarto. Seu pai enfurecido saiu do quarto de Lucas e o viu e entendeu o que havia acontecido.

— David!

Ele olhou o pai e depois seus olhos fitaram os de Lucas, ainda abraçado com sua mãe, e começou a ir pelo corredor, do lado oposto, fugindo do seu pai que gritava seu nome, indo atrás dele.


O Filho da BabáWhere stories live. Discover now