Lucas estava distraidamente passeando pelo jardim. Observava o jardineiro rastelando as folhas secas, e foi se sentar no muro que circundava a fonte D'água. Olhava seu reflexo, quando viu outra imagem atrás de si.
— Olá Lucas, está tão concentrado e sozinho — disse o sr. Olavo de pé, com um ar de preocupação. — Quer que eu lhe faça companhia?
Lucas sorriu, dando um espaço para que ele sentasse ao seu lado.
— Se o senhor não tiver algo melhor para fazer, eu não me importo.
— Teria alguma coisa melhor para se fazer do que sentar ao lado de um garoto tão legal de conversar? — aquelas palavras deixaram Lucas sem ar. E todo sem jeito evitou olhar para ele, que sentou ao seu lado.
— Senhor Olavo?
— Apenas Olavo, Lucas — corrigiu ele gentilmente.
— Tudo bem, desculpe — respondeu Lucas, cruzando os pés, e apertando a mão na extremidade da mureta. — Eu queria saber por que o senhor é tão gentil e amável comigo.
O sr. Olavo deu de ombro, sorrindo.
— Criei um laço com você antes mesmo de conhecê-lo pessoalmente, sabe, sua mãe é tão doce e amável com minha filha, e mesmo ela sendo a babá, faz muito mais do que o papel dela, entende?
Lucas não havia pensando por esse ângulo.
— Está retribuindo um favor então?
Olavo suspirou e olhou para o céu.
— Não é uma troca de favores Lucas, isso não seria um sentimento sincero.
— Mas o senhor... perdão, você é assim com os outros também?
Olavo olhou para ele, curioso com suas perguntas.
— Desculpe perguntar, mas porque está curioso em saber disso?
Lucas ficou corado e gaguejou.
— De-desculpe por estar me intrometendo na sua vida pessoal.
Olavo riu afetuosamente, jogando seu braço entorno do ombro de Lucas, puxando-o para um abraço de lado.
— Nada de se desculpar, alias nem sempre a curiosidade é ruim, do contrário não estaríamos aqui hoje tendo essa conversa — disse ele.
— Não entendi — Lucas ficou confuso.
— É algo complexo e de difícil entendimento para um ingênuo profano — disse o sr. Olavo misteriosamente.
— Ainda continuo sem entender.
Olavo riu alto, e se levantou como se quisesse desviar o assunto.
— Tudo tem seu tempo meu garoto.
Lucas também se levantou, e antes que o senhor Odebrecht partisse, ele reuniu coragem de falar com ele sobre o que David lhe fizera prometer.
— Eu gostaria de pedir algo, mas estou com medo de fazê-lo.
— Venha, vamos dar uma volta, o ar fresco da manhã vai despertar a coragem que lhe falta.
Lucas sorriu e aceitou, passou a andar ao lado dele.
— Você fala de um jeito que às vezes eu fico me sentindo um ignorante, sabe.
Olavo riu.
— Desculpe se às vezes pareço algum filósofo ou um sábio, sou um mero mortal medido a sabichão às vezes, mas não se sinta menos por isso, você não é pequeno, é grande e não sabe disso ainda.
Lucas olhou para ele admirado.
— Está vendo, é disso que eu estou falando! — riu com ele.
— Tudo bem, vamos conversar leigamente então, sem formalidades.
Lucas ficou mais a vontade.
— Eu não vou esconder nada de você, por isso vou ser sincero.
Olavo lhe lançou um olhar de gratidão.
— Admiro sua honestidade, meu bravo.
Lucas respirou fundo.
— Tenho que saber como convencê-lo a mudar de ideia e aceitar que os amigos de David volte a vê-lo aqui.
Olavo ouviu surpreso, e depois suspirou.
— Nossa meu filho lhe amputou uma missão impossível então.
Lucas olhou para ele como se pedisse alguma esperança.
— Por favor, eu só quero saber se existe uma chance, não quero dar um de chato, e nem ultrapassar o limite de sua paciência, então...
Olavo riu novamente.
— Eu disse para conversarmos sem querer impressionar um ao outro Lucas.
Lucas percebeu e riu passando a mão na cabeça.
— Puxa eu pensei que nessa eu ia acabar te convencendo.
— Espertinho, ainda precisa de prática, mas até que não foi nada mal.
— Mas, por favor, poderia ao menos pensar nisso e dar uma resposta definitiva ao meio dia? — suplicou.
O senhor Olavo parou e avaliou-o.
— Tudo bem, vou pensar e te darei a resposta ao meio dia.
Lucas ficou radiante e sem pensar direito o abraçou dando-lhe um beijo no seu rosto.
— Puxa sério, nossa estou feliz, obrigado mesmo!
O senhor Olavo o abraçou de volta, e caminharam para dentro da mansão abraçados.
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O Filho da Babá
Любовные романыLucas é um jovem de 18 anos que mora com o pai, mas tem que passar as suas férias letivas na mansão dos patrões de sua mãe, que é a babá da filha caçula de 3 anos da família Odebrecht (sim a mesma família polêmica da corrupção) nisso Lucas sem alter...