Suspeitos

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Escritório do senhor Olavo Odebrecht.

— Querido eu estou muito preocupada com tudo isso! — a senhora Maria Lurdes não parava quieta no lugar, enquanto seu marido, Olavo, esperava com o gancho do fone no ouvido. A ligação caia depois de uma longa chamada.

— O pai de Felipe não atende o celular! — desistiu ele, repondo o gancho no aparelho. Suspirou aflito. — O que será que está acontecendo afinal?

— Com licença senhor Olavo — Alfredo se apresentou adentrando no escritório. Olavo se levantou e foi em sua direção. — A polícia está aqui, querendo falar com o senhor.

Maria Lurdes se agitou ainda mais.

— O quê? A polícia? Como assim? O que ela quer?

— Acalme-se querida, por favor, eu vou ver o que ela deseja, pode ter mais alguma informação — e saiu deixando-a.

No corredor ele conversava rápido com Alfredo.

— Não estou gostando de como as coisas estão caminhando, Alfredo. Precisamos imediatamente tomar conta da situação.

Alfredo escutava-o, caminhando ao seu lado.

— Eu entendo perfeitamente senhor Olavo. Eu não esperava que algo dessa tamanha magnitude sobreviesse agora em nossos caminhos.

— Justo agora que todos estão a caminho... espero que a polícia tenha boas notícias — disse esperançoso, e desceu as escadas. Encontrou um policial acompanhado do delegado na sala. Antônia, a empregada acabara de servir café a eles.

— Senhor Olavo Odebrecht — cumprimentou o delegado se levantando com um aperto de mão. — Sou o delegado Washington Santos, e estamos acompanhando o caso de Felipe. O senhor deve estar sabendo que ele foi baleado no apartamento dele hoje de manhã, correto?

Olavo pediu que ele voltasse a se sentar, e tomou seu lugar no sofá, de frente para ele. Alfredo se retirou com a empregada Antônia.

— Sim eu fiquei sabendo, e como ele está? Alguma informação sobre quem fez isso?

O delegado olhou bem para Olavo Odebrecht.

— O seu filho está em casa?

Olavo pareceu não ter entendido.

— Como? Meu filho?

O policial que estava acompanhando disse.

— Sim precisamos conversar com seu filho, David Odebrecht.

— Meu filho não está em casa, precisou viajar — respondeu ele seguro. — Mas eu posso afirmar aos senhores que ele não tem nada haver com isso o que aconteceu.

O delegado olhou para o seu companheiro, e retornou a olhar ao senhor Odebrecht.

— Talvez ele não, mas a namorada dele...

Olavo Odebrecht se levantou num pulo, assustado.

— O que está dizendo?

— O senhor sabe onde a namorada do seu filho se encontra, senhor Olavo Odebrecht? — perguntou desconfiado.

— Não, claro que não... ela não está com meu filho... mas como assim Camila? Ela não seria capaz de fazer isso ao Felipe... eles são amigos!

O delegado cruzou as mãos. Franziu a testa para o senhor Odebrecht.

— Tivemos acessos às imagens das câmeras de segurança do prédio onde Felipe estava, e mostra Camila entrando e saindo da cena do crime.

Olavo sentou novamente no sofá, perplexo com a informação.

O Filho da BabáOnde histórias criam vida. Descubra agora