Capítulo 5°

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     Melinda Narrando:

Hoje era sábado e acordo com a Maria abrindo as cortinas da janela do meu quarto, cobrir a minha cabeça com o cobertor mas Maria tira o mesmo de cima de mim.

—Sem moleza, Melinda. -Ela fala batendo de leve no meu pé.

—Maria, hoje é sábado dia de dormir até tarde. -Resmungo.

—Mas Eu só estou fazendo o que o Seu Pai pediu… -Ela fala e levanto a minha cabeça apoiando os cotovelos na cama.

—Meu Pai? Tem certeza? -Olho estranho e ela assentiu.

—O próprio, quer dizer que você se esqueceu que hoje é o Baile… -Ela cruza os braços.

Ah é, tem a droga do baile.

—É… Eu esqueci. -Falo me sentando na cama.

—Então se anime, pois você sabe que o seu Pai não gosta de atrasos. -Ela fala e reviro os olhos.

—O que vai ter de tão importante nesse baile? -Pergunto me levantando.

—Não sei, agora tome banho e desça para tomar seu café da manhã. -Ela fala arrumando a minha cama.

Vou no closet e pego um short que comprei ontem e uma blusa folgada que parecia mais masculina, vou para o banheiro tomar banho e escovar os meus dentes. Lavo os meus cabelos e faço uma hidratação nos mesmos, depois de um banho bem demorado eu me enrolo na toalha e saio do banheiro.

Visto um conjunto de sutiã e calcinha sem combinar mesmo, coloco a roupa que separei e penteeio os meus cabelos longos. Preciso cortá-lo. Os seco no secador e os coloco pro lado, passo perfume e desodorante me olha no espelho mais uma vez e vejo que estou uma verdadeira menina maloqueira. Gosto…

Desci as escadas e vou para a cozinha, estranho por ver Mamãe em casa e não no trabalho como de costume.

—Bom Dia… -Falo me sentando.

—Bom Dia Filha… Pronta para o baile de hoje. -Meu Pai me olha e sorrir fraco.

—Não… Quer dizer, estou… Mesmo não sabendo a importância dele. -Falo e tomo um pouco de café.

—Hoje vamos oficializar o novo Dono do Morro. -Meu Vô fala.

—E pra isso precisa desse baile? -Falo olhando para eles.

—Claro, todos os que se tornam Chefões sempre ganha um baile. -Vovô fala e assentir.

—Então eu não preciso ir… -Falo comendo um pãozinho.

—Claro que precisa ir, você é Minha Filha… -Ele me olha e reviro os olhos. —Todos vão saber quem é a Herdeira da Maré. -Ele fala e me engasgo com o café.

—O que? Eu não quero ser isso ai não… -Falo limpando a minha boca.

—Claro que quer, afinal Melinda, você não tem querer é seu dever seguir com o Morro. -Ele fala enquanto comia.

—Por que não manda o Tio Arthur no meu lugar, ele tem mais jeito pra essas coisas do quê Eu. -Falo e o Tio me olha.

—Eu não, você que é a Filha Dele e Eu só sou o Cunhado, me tira dessa Pequena. -Tio Arthur fala e sai da mesa.

—Mas Pai eu não quero isso pra minha vida, Eu quero terminar os meus estudos, trabalhar…

Meu Pai bate na mesa me causando um susto grande, ele me olha sério e me Encolhi na cadeira.

—Quantas vezes tenho que falar que você não vai trabalhar coisa nenhuma, Você já tem tudo do bom e do Melhor, não precisa de trabalho. -Ele fala e sinto o meu rosto arder.

Meu Pai é Um Traficante |||Where stories live. Discover now