Capítulo 51°

4.4K 315 81
                                    

        Enzo Narrando:

—Você foi a pior coisa que já aconteceu na minha vida Melinda…

—E você foi a Melhor que já aconteceu na minha… Mesmo você não querendo isso.

Fico me lembrando de cada segundo que tive com ela na boca, abrir a minha mão e vejo o seu colar com a correntinha quebrada.

—Merda… -Falo baixo e fecho a mão com força.

Saio da varanda e entro no meu quarto, guardo o colar dentro de uma caixinha e a deixo no meu guarda-roupa. Vou para o banheiro e tiro a roupa entrando no box e tomando banho, fico mó tempão debaixo do chuveiro pensando nela.

Mesmo não querendo…

Posso falar mil vezes que a odeia, mas sei que estarei mentindo pra mim mesmo. Melinda me virou de cabeça para baixo, me despertou um lado meu que nem sabia que existia, ela me prendeu de uma forma que eu não consigo pegar mais ninguém sem me lembrar dela.

Talvez eu tenha pegado pesado com Ela, mas eu estava com tanta raiva que deixei me levar, até uma arma apontei para Melinda.

—Mas por que eu estou me lamentando por isso, se foi ela que traiu… -Falo sério e desligo o chuveiro.

Enrolo uma toalha na minha cintura e saio do banheiro, abrir meu guarda-roupa e pego uma bermuda branca e uma camisa vermelha de mangas curtas. Vestir uma cueca boxer e a roupa que separei, me olho no espelho e vejo que estou com um pouco de olheiras à baixo dos meus olhos.

Penteie os cabelos e passei perfume e desodorante, coloquei meu relógio de pulso e peguei meu celular, desbloqueio a tela para ver as horas e me deparo com uma foto de Melinda vestida com uma blusa minha.

—Ai que saco… -Falo e vou na galeria e apago tudo que tem ou me lembra ela.

Depois de fazer uma limpeza eu coloco o meu celular no bolso e saio do meu quarto, desço as escadas encontrando Mamãe no jardim de casa, vou até a mesma e beijo a sua bochecha.

—Vou dar uma volta. -Falo entrando no carro.

Meus seguranças abriram os portões e sair de casa, dei a partida saindo em alta velocidade do Morro. Ainda era Quatro e meia da tarde, sair praticamente sem rumo algum, eu só preciso de um canto que me faça esquecer de tudo… Principalmente dela.

Resolvi ir para o parque, sei que lá é bem calmo e vou ter o tempo do mundo para pensar. Cheguei e estacionei meu carro, sair do mesmo e vejo que estava um pouco movimentado mas resolvi ficar. Caminho um pouco pela a trilha até parar no lago, olho bem e me lembro da vez que nós dois veio aqui, Melinda parecia uma criança sorrindo à toa.

—Será possível que essa Garota nunca vai sair da minha cabeça… -Falo e me escoro na árvore.

Eu não posso continuar assim por causa dela, eu tenho que ficar firme, nunca fiquei na fossa por mulher nenhuma e com ela não vai diferente. Ao contrário, eu tenho que ficar feliz pois agora eu tô solteiro de novo e posso pegar quem eu quiser.

—Mas não dúvido nada que ela esteja chorando pelos os cantos… -Falo cruzando os braços.

          =============

      Melinda Narrando:

Eu e Mamãe estava na arquibancada da Quadra enquanto Papai, Wesley, Tio LR, Vovô, Tio Arthur e outros meninos jogavam.

—Vai, vai… GOOLL. -Eu e Mamãe gritamos.

—VAI LÁ AMOR… -Mamãe grita enquanto me sacudia. —É meu Marido gente… -Ela fala sorrindo pro resto da galera que estava assistindo o jogo também.

Meu Pai é Um Traficante |||Where stories live. Discover now