Capítulo 72°

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     Melinda Narrando:

Três Meses Depois…

Lá estava eu, Enzo, Tio Arthur e meus avós na sala de espera, já fazia horas que Mamãe entrou na sala de parto e até agora nada de notícias. Ela estar no Oitavo mês e o parto vai ser cesariana, a barriga dela estava imensa e a mesma reclamava um pouco do peso, Eu não parava quieta naquela sala.

—Melinda, assim você vai abrir um buraco no chão… -Vovó fala e me sento.

—Será que vai demorar muito? -Pergunto e Enzo me abraço de lado.

—Calma Amor, logo seu Pai vai estar ai e…

—Melinda? -Uma enfermeira chega na sala de espera.

—Sou Eu… -Me levando e vou até a mesma.

—Você pode me acompanhar? -Ela me olha e assentir.

Olho para meus familiares e depois para Enzo que acenou pra mim, Seguir a enfermeira pelo o corredor a mesma era baixinha e meio gordinha, seus cabelos pretos estavam em um rabo de cavalo.

—Aconteceu alguma coisa? -Coloco minhas mãos nos bolsos da frente no meu moletom cinza.

—Não… E a propósito, seus irmãos nasceram já faz uma hora, não avisamos pois estávamos preparando o quarto para sua Mãe e também o Seu Pai quis que você fosse a primeira a visitar os bebês. -Ela fala simpática e sorrir.

Chegamos em frente de uma porta branca que tinha uma plaquinha com três ursinhos desenhados, olhei para a enfermeira e a mesma acenou com a cabeça para mim entrar. Abrir a porta com cuidado e logo vejo Mamãe na cama segurando dois pacotinhos um azuis e o outro verde, enquanto Papai estava segurando outro que não dava pra ver direito.

—É… Oi. -Falo baixo.

—Filha! Vem aqui Amor. -Mamãe fala e vou até a mesma em passos calmos.

Coloco meu boné pra trás e tiro minhas mãos do moletom, ao chegar perto de Mamãe vejo duas fofuras nos seus braços. Eu não tinha palavras para descrever o que estava sentindo no momento, Logo Papai se senta do lado de Mamãe e vejo que o pacotinho que ele segurava era diferente, pois era Rosa.

—Melinda, conheça seus irmãos; Zack, Thayla e Gustavo. -Mamãe fala e os olho bem.

—São Lindos… -Falo sorrindo. —E pequenos. -Falo e meus Pais rir baixo.

—Lyandra sempre reclamou que você se parece comigo e agora nasceu três cópias fiéis dela. -Papai fala e sorrir sem tirar os olhos dos bebês.

—Olha Amor, ele tá tentando abrir os olhinhos… -Mamãe fala sem tirar os olhos do Gustavo.

Me sento na poltrona ali perto e fico olhando para meus Pais enquanto eles mimava os bebês, abrir um sorriso ao vê-los felizes novamente. Eu não conseguia parar de olhar para eles, me inclino pra frente e coloco minhas mãos debaixo do queixo logo Papai me olha e sorrir pra mim, ele fala alguma coisa baixo e vem até a mim.

—Você não quer conhecer a sua irmã? -Ele para na minha frente.

—É… Sim. -Falo e ele me entrega aquela coisinha. —É melhor o senhor segurar. -Falo sem saber segurá-la.

—Coloque sua mão na cabeça dela e a outra apoiando o bumbum. -Papai fala me ajudando e se agacha na minha frente. —Ela parece um pouco com você. -Papai fala me olhando e sorrir.

—Oi Thayla… -Falo e ela murmura. —Ela é Linda… -Passo meus dedos nos seus cabelos ralos.

Aproximo Thayla do meu rosto e fecho meus olhos sentindo minhas lágrimas escorrer, inalo seu cheirinho gostoso e despejo um beijo na sua testa. Olho pra frente e vejo meus Pais me olhando, tento disfarçar meu choro limpando o rosto bem rápido.

Meu Pai é Um Traficante |||Where stories live. Discover now