Capítulo 59°

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      Melinda Narrando:

Meu Pai me tira do carro com brutalidade e sai me puxando de casa a dentro, eu pedia pra ele parar mas o mesmo nem me dava ouvidos.

—Pai por favor… Meu braço tá doendo. -Falo entre choro.

Ele abre a porta do meu quarto e me joga na cama com força, Meu Pai me encara com fúria nos olhos e eu apenas chorava Encolhida na cama.

—VOCÊ PASSOU DE TODOS OS LIMITES, MELINDA. -Ele grita em cima de mim.

—Mas pai…

—CALA A BOCA… Se envolver com o inimigo? Você tem merda na cabeça Melinda? Quantas vezes eu te disse que não era pra se envolver com ninguém que eu não conhecesse. PORRA SERÁ QUE TU NUNCA APRENDI! -Ele fala e o olho.

—Mas Pai eu não sabia de nada… Eu fui gostando dele e ele de mim. -Falo e Papai pega na minha mandíbula.

—Ele quer te usar Contra mim. -Ele fala entre dentes e aperta meu rosto.

—Mentira… Ele disse que não vai mais ter guerra. -Falo com dificuldade e Papai me empurra.

Ele vira as costas pra mim e fico de pé atrás dele, tento lhe tocar mais ele se afasta e me encara com ódio.

—Você me apunhalou pelas costas Melinda. -Ele fala seco.

—Não Pai… Por favor acredita em mim. -Sinto minhas lágrimas quentes escorrer pelo meu rosto.

—EU PERDI TODA A MINHA CONFIANÇA EM VOCÊ. -Ele cospe as palavras na minha boca.

—Pai… Tenta entender meu lado… Eu Amo o Enzo. -Falo chorando e Papai me olha com raiva.

Ele me empurra mais uma vez na cama e o vejo tirando o seu cinto enquanto me olhava, o medo me consumiu e fiquei apavorada.

—Não Pai, por favor isso não… -Tento me afastar o máximo mas ele pega no meu braço.

—Vou te dar um surra Melinda… Por tudo isso que você fez. -Ele fala levantando o cinto e me encolho.

—VOCÊ NÃO VAI BATER NA MINHA FILHA… -Mamãe entra no meio e empurra o mesmo. —Pra bater nela, tem que bater em mim primeiro e sei que você não vai ter coragem de fazer isso. -Ela fala entre dentes.

—Sai da minha frente Lyandra… -Ele fala entre dentes.

—Não! Nós nunca batemos na Melinda e não vai ser hoje que você vai fazer isso. -Ela bate de frente com Papai.

Ele baixa a mão e desvia o olhar pra mim, eu o olho chorando e Papai se aproxima de mim até eu poder sentir a sua respiração pesada no meu rosto.

—Você nunca mais vai sair desse quarto, não vai ter mais visitas e nem ter contado com ninguém pelo o celular. -Eu podia sentir ódio no seu tom de voz.

Papai estendeu a mão e eu entreguei o meu celular, ele vai até a porta do meu quarto e chama a mamãe, a mesma recusa e ele a puxa pelo o braço e tranca a porta levando a chave com ele.

—Abre aqui, Papai vamos conversar… -Bato na porta e forço a maçaneta. —Papai, por favor… -Falo chorando e deslizo pela a porta.

Abraço meus joelhos e baixo a minha cabeça, choro sem parar e todo aquela cena do Papai batendo no Enzo vem na minha mente.

—F-foi… Por…V-você…

Aquelas palavras não saíam da minha cabeça me fazendo chorar ainda mais, me levanto e vou para a minha cama encaro aquele teto e sinto minhas lágrimas escorrer pelo o canto dos meus olhos. Daqui pra frente o meu quarto vai ser a minha cela, Papai nunca descobriu com suas palavras e se ele disse que eu estou de castigo pra sempre, vou ter que me acostumar com a minha nova realidade mesmo isso me machucando muito.

Não vou mais ver o Enzo e nem saber notícias suas, não vou mais ter que compartilhar as minhas cagadas com a Eliza e nem com a Luiza, talvez nunca mais eu faça as pazes com o Wesley e nem mais provar das empadas da Dona Cecília e tudo isso por culpa minha. Toda essa desgraça que estar acontecendo agora é por minha culpa, tudo o que eu quero agora é morrer, talvez assim todos fiquem em paz e felizes ou até mesmo meus Pais tenham um filho melhor do que eu.

Sou um lixo em forma de ser humano, a estranha da família, a menina que nasceu pra causar problemas pra todos e principalmente pra mim mesma. Já consigo imaginar os meus pais brigando por minha causa, meus Avós com desgosto de mim e meu nome na boca de todo mundo daqui do Morro.

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Eu não tinha noção das horas mas acho que é bem tarde da noite, eu ainda estava deitada de frente para a varanda só encarando o céu escuro, a porta do meu quarto e aberta mas não ligo pra quem seja apenas fico no meu canto sem se mexer.

—Melinda? Eu trouxe seu jantar. -Maria fala baixo atrás de mim. —Já são Onze e Meia, talvez esteja com fome…

—Estou sem fome… -Minha voz saiu falhada.

—Mas você tem que comer Querida, olha eu preparei aquele prato que tanto gosta. -Ela senta na cama e me viro devagar.

—Não quero Maria… Eu quero ficar sozinha. -Falo e ela deixa o prato de lado.

—Vem cá Minha Menina. -Ela estica os braços e vou para os mesmos. —Sua Mãe me contou, seu Pai estar uma pilha de nervos com toda essa história. -Ela fala e sinto meus olhos marejados.

—Ele me odeia agora… -Falo e fecho meus olhos sentindo as minhas lágrimas.

—Não fale isso Melinda, seu Pai te ama muito… Ele só estar assim porque te viu com o tal Enzo. -Ela fala e me Afasto.

—Não Maria, Papai agora me odeia por ter o traído… Eu sou uma vergonha pra essa família, Maria. -Falo encarando a mesma.

—Melinda não fale isso. -Ela pega no meu rosto.

—Maria me deixa sozinha, por favor. -Minha voz saiu embargada.

Ela apenas pegou o prato e saiu do meu quarto trancando a porta, fecho meus olhos e começo a chorar de novo me levanto e vou para a varanda do meu quarto, sentei naquele chão frio e olho pra cima encarando aquele imenso céu Negro e estrelado.

—Será que essa tortura nunca vai acabar? Será que eu sempre vou ser essa pessoa infeliz?… -Falo baixo e sinto minhas lágrimas quentes escorrer pelo meu rosto.

          *************

Desculpas pelos os Erros!

Oi Monas…

Eu sei que o Capítulo estar pequeno, mas estou meio que sem tempo e sem óculos também. Sorry (ಥ_ಥ)

Votem e Comentem**

Bjs 💋 K.S ❤

Meu Pai é Um Traficante |||Where stories live. Discover now