Fomos apanhados de surpresa quando escutamos um telemóvel a tocar. Ao contrário da minha alegria, Chris estava bastante irritado. Era a segunda vez que isto acontecia hoje. Não percebo qual o problema dele. Ainda bem que alguém teve o timing incrível de ligar a essas horas.
Chris larga-me e vai à sua cómoda atender o telemóvel que tinha pousado lá. Suspira ao ver o nome no ecrã do telemóvel.
- Oi, mana. - Sentou-se na cama. - Não estás na reunião com a tua equipa?
- "Acabou mesmo agora. Queria ter ligádo mais cedo mas não tive tempo"
- Sim, entendo. Não faz mal já que também tive ocupado enquanto estiveste fora. - Corei.
- "Ai, não estou a atrapalhar, estou?" - Chris riu.
- Não te preocupes. Então por que ligaste? Querias falar comigo sobre algo?
- "Queria avisar-te que o Jack deixou o Terry aí. Dei-lhe ordens que o mandasse avisar-te, mas queria ter a certeza que sabias. Espero que não tenha acontecido nada de errado."
- Isso parece mais uma ameaça...
- "Adiante... Estás muito ocupado esta tarde? Queria que tomasses conta do Terry por mim. E quando digo cuidar é ficares de olho nele o tempo inteiro sem desviares a atenção para outros objetos de distração..." - Fez ênfase na última parte como se estivesse a prever as ações dele. - "Pensando bem, é melhor não deixar-te com tanto peso."
- Autch... Doeu.
- "Podes pedir à Layla que tome conta dele? Afinal, melhor pessoa para cuidar de um pequeno Chris aí só mesmo ela." - Dá umas pequenas gargalhadas.
- Pequeno Chris? Ele nem é meu filho! Que história é essa de pequeno Chris?
- "Digamos só que conheço-te melhor do que tu mesmo e que sei bem como é o meu próprio filho." - Chris suspira. - "Eu sei, não é que eu queira que ele seja assim. Por isso vou deixar nas mãos da Layla para ver se ela consegue controlá-lo por mim. É um bom teste às suas capacidades ainda por cima. Bom, está decidido então. Vemo-nos daqui umas horas. Adeus." - E encerra a chamada. Chris fica com o telemóvel no ouvido a tentar absorver tudo até que suspira.
- Adeus...? - Liberta mais um suspiro e fica a olhar para o ecrã do telemóvel.
Eu sabia que, mal aquele telemóvel saísse das suas mãos, ele voltaria a atenção para mim, e seria de novo torturada. Pensei em várias hipóteses de evitar tal situação, mas é nestas alturas que vejo que não sou nenhum génio. Estava condenada. Como se fosse preciso confirmação, o olhar de Chris sobre mim mal ele pousou o telemóvel bastou.
Ele levanta-se e vem em minha direção. Sinto os meus nervos a aumentarem e ele cada vez mais perto. Espero pelo pior quando sinto a sua mão na minha cintura, contudo, em vão. Os meus instintos enganaram-me. Chris afasta-me dele e abre o armário onde estava encostada. Retira uma camisa branca simples de meia manga e fecha o armário depois de a vestir. Respirei aliviada quando assusto-me ao vê-lo a meros centímetros de mim num instante. Ele sorri e beija o meu pescoço.
- Não penses que terás sempre sorte. - Sussurrou ao meu ouvido. - Um dia hei de cumprir o prometido. - Beija a minha orelha mordendo-a de leve. Afasta-se de mim e ajeita o cabelo. - Preciso que tomes conta do meu sobrinho enquanto a minha irmã está fora. - Dito isto ele sai do quarto e vai para o escritório.
- Raios... - Pousei a minha mão no peito sentido o coração com um ritmo desnecessário. Respirei fundo. - Menos uma tarde de escrava sexual. Mas... Que é isto de ser ama seca de um miúdo mimado e convencido como ele?! - Murmurei umas quantas coisas. - Apenas o faço por ser uma ordem do otário e por ser filho da Yuna. Além de mais, ela não parece ser uma mãe que mima demasiado os filhos. Ela nem sequer parece ser mãe...
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Criada de um Milionário
RomanceLayla Collins era uma simples jovem alegre com a sua vida. Mas um dia esta alegria é-lhe retirada das suas mãos inocentes e recebe mágoa e dor em troca. Desde então a vida só tem piorado pouco a pouco. A inocente Layla tinha desaparecido e uma nova...