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Devido a um problema pessoal fiquei muito atrasada, daí o atraso na publicação do capítulo. Felizmente já passou e voltou tudo ao normal. Continuarei a publicar às segundas e, temporariamente, às quintas.        Boa leitura :)

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Depois de uma longa conversa com as cuscas das minhas colegas, estava finalmente livre. Mas já era costume que, ao mínimo sinal de alívio, ouvia alguém a chamar-me. E foi o que aconteceu. Subi até ao quarto de Chris e lá estava ele, sentado na cama. Depois daquela conversa com elas, a minha mente tinha-se relembrado do dia passado com ele. Vê-lo sentado, a olha para mim com aquela expressão, o meu coração enlouquecia.

Ele chama-me para mais perto. Respirei profundamente e preparei-me. Durante o dia inteiro ele não tentou algo malicioso comigo o que me levou a ter alguma confiança de que ele apenas queria os meus serviços de criada, nada mais. Aproximo-me dele e ele manda-me aproximar ainda mais. Paro apenas quando estou praticamente em cima dele. Ele então levanta-se e dá-me um leve abraço. Respirei aliviada e correspondi ao abraço sem pensar muito. Quando se afasta, o meu medo volta ao ver o sorriso: convencido e cheio de malicia.

Como se prevê-se o futuro, num movimento rápido, ele vira-me e empurra-me contra a cama. Não tive tempo sequer de me por a jeito para tentar fugir. Ele põe-se em cima de mim e agarra os meus pulsos no mesmo instante. Nem me tinha surgido a ideia de usá-los. Com a outra mão ele levanta a blusa e sobe-a até acima dos meus ombros. Como era apertada, foi praticamente como por os meus braços atados. Ele devia estar confiante com aquele método pois largou os meus pulsos e começou a brincar com o meu corpo.

Assusto-me ao sentir as mãos dele a apertarem de leve a minha cintura seguindo a curva do meu tronco até à coxa. Começo a senti-lo a beijar a minha barriga e não consigo evitar e encolho-me com o toque húmido estranho. Tento afastá-lo com as mãos mas ele facilmente põe essa tentativa de fuga de fora ao agarrar num dos pulsos e ficar com o controlo total. O sorriso que não saia da sua cara era uma boa pista de como ele estava a sentir-se.

Ele volta a por os meus pulsos para cima enquanto ele concentrava-se na minha barriga. Quando voltou a esquecer-se da existência dos meus braços, eu volto a atacar. Não sei no que estava a pensar. Que à segunda ia conseguir apanhá-lo na mesma situação que antes? Se sim, sou mesmo idiota. Ele nem me deixou empurrar de leve a sua cabeça. Agarrou logo o meu pulso e pôs bem em cima da minha cabeça. Ele beija a minha cara e volta a acariciar a minha cintura.

Num ato mais idiota que o anterior, quando ele já mordiscava a minha coxa e eu já mais para o perdida do que outra coisa, tento-o afastar com as mãos... outra vez... Claro que quando ele sente o meu empurrar, ele começa a rir e agarra as minhas mãos. Ele sorri enquanto me vê obviamente mais vermelha por estar a gostar do que por estar irritada. Ele beija a minha mão várias vezes até que o seu olhar para no anel no meu dedo. Uns instantes de silêncio sem o sorriso no rosto foram o suficiente para recuperar a minha consciência. No entanto, quando ele sente um leve movimento meu, ele sorri e põe-se entre os meus braços. Irrito-me ao aperceber-me do seu joguinho.

- Se eu estiver aqui, não me consegues afastar com as mãos, não é? – Ele sorri antes de atacar o meu pescoço.

Liberto um leve gemido ao sentir os seus lábios a apreciarem o meu pescoço de várias formas fosse por beijos, longos caminhos de saliva ou até mordidelas. Enquanto ele se ocupava com isso, as suas mãos ora acariciavam a minha cintura ora viravam mais pervertidas e desciam para a coxa ou mesmo o meu rabo. Quando o sinto a apertá-lo, ele ri ao ouvir gemido que deixo escapar. O que me irritava mais era que, mesmo com a consciência de volta, devido aos seus ombros largos, os meus braços não iam a lado nenhum senão parecer que estão a abraçar o seu pescoço, exatamente como ele tinha planeado. Não foi preciso muito para desistir de lutar e de voltar a ser levada para o meu lado submisso àquelas sensações enganadoras.

Poucos minutos passaram e eu já estava bem longe do meu eu normal. Quando Chris reparou, ele deixou de ser tão agressivo e passou a levar as coisas com mais calma. Fazia pequenas massagens pelas minhas coxas ou cintura enquanto ele mordia de leve as minhas orelhas. Ao aproximar-se do meu rosto, ele para o que está a fazer e esfrega de leve os meus lábios com um dedo. Afasta uns bocados de cabelo no meu rosto e deixa a sua mão pousada na minha cara. Ele aproxima-se mas para a poucos centímetros dos meus lábios tendo ido contra a minha testa. Ficou parado, assim, apenas a fazer leves caricias na minha cara enquanto sentia a minha respiração a ir contra a sua cara e a confundir-se com a dele.

- Que irritante. - Riu pouco antes de se decidir no que fazer.

Contudo, já pronto para o contacto, o anel no meu dedo chama-o à atenção. A recordação da conversa que ouviu acidentalmente irritou-o mais do que o entusiasmou. Levantou-se com pressa mas é apanhado de surpresa ao sentir o peso do meu corpo a puxá-lo para baixo pelo pescoço. Ele então sai de entre os meus braços e afasta-se de mim, com uma consciência de uma bêbada no momento. Ele esfrega o cabelo enquanto olhava para cima até voltar a pousar o olhar em mim, deitada na sua cama.

- Que irritante... - Suspirou. Vestiu uma nova camisa e saiu do quarto.

Algum tempo depois, eu acordo. Com uma consciência de uma bêbada, pouco depois de ele ter saído do quarto, eu adormeci e, para espantar, não me lembrava de muito. Doía-me o corpo, principalmente zonas que Chris tinha apertado ou mordido. Quando tento esfregar a cara, ao ver a blusa nos meus pulsos, dou uma vista de olhos ao meu estado e coro dos pés à cabeça.

- Estou ainda pior do que me lembro!

Sem grande memória do que aconteceu após ele meter-se entre os meus braços, aquela imagem não era boa para mim. Mas deixei isso e comecei por tentar tirar a blusa dos pulsos. Com isso feito, foi arranjar o resto tudo: roupa, cabelo, tudo. Quando já estava em condições, saio do quarto e vou para a sala. Lá encontro as três criadas que tomaram um interesse estranhamente enorme na minha vida amorosa que estavam mais interessadas a imaginar o meu futuro casamento que outra coisa. Mal uma delas me viu, foi impossível fugir dali. Ouvi muitas coisas estranhas naquele grupo, mas nada se compara com a diferença na minha relação com Chris.

O tempo passa a voar quando não estou a ser controlada pelo mestre pervertido ou com as minha amigas. Dias passaram, a Yuna e o Terry voltam e uma semana passa depois da sua chegada. Mesmo com tantos dias, com tantas horas, nunca mais ouvi Chris a pedir algo pervertido, ou senti os seus toques como dantes. Eu não implorava por eles por isso demorei a aperceber-me da nova diferença. Comecei a vigiar Chris mais de perto e até a provocar só para certificar-me de que ele não estava doente. Mas nada, nem um toque, nem um olhar.

Um dia, estava a ajudar Rachel nas suas tarefas a limpar a sala de estar quando oiço a voz da Yuna e de Chris. Quando os ouvi, os meus ouvidos começaram a tentar captar a conversa por instinto mas só apanhei partes. Também, não estava muito com intensões de ouvir a conversa toda deles, apenas foi difícil não os ouvir depois de reparar que estão a conversar.

- Preparaste tudo, então? - Abelhuda como eu sou que me meti no meio da conversa, não percebi do que Yuna falava.

- ...uma viagem. Volto sem dares falta de mim. - Acho que só ouvi metade da fala dele, mas ouvi bem o riso dela. Até Rachel estranhou.

- Nem quero saber o que é uma longa viagem para ti. - Ela estava claramente irritada. Deu também para ouvir tudo o que ela disse naquele tom.

- Também te amo, mana. - E foi a última coisa que ouvi.

O resto da conversa não era nítido o suficiente para perceber. Quando oiço passos, como uma total bisbilhoteira, começo a limpar excessivamente. Não sei por que razão fiz aquilo, mas esfregar o pano no ar à frente dos móveis não ajudava o meu disfarce. Olho para o lado e apenas vejo Chris a subir as escadas atrás da Yuna. Estava cheia de vontade de saber o que se passava e o pouco que ouvi não ajudava nada. Estava prestes a ir atrás deles até que me apercebo da minha própria decisão. Suspiro e volto ao trabalho.

Depois daquele dia, eu arrependi-me não ter ido atrás deles. Arrependi-me de não ter ido à procura de uma explicação. Mas eu não sabia do que ia acontecer quando desisti dessa ideia. Se eu soubesse, teria ido. E assim três meses passaram, três longos e aborrecidos meses, e nunca mais vi ou soube de Chris.

Criada de um MilionárioWhere stories live. Discover now