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- Layla. Viste os meus documentos? Não os encontro em lado nenhum!

Esta manhã tinha começado tão bem. Tinha finalmente conseguido dormir umas boas horas e não sentia muito movimento. No entanto, mal o Chris começou a sua busca pelos seus documentos, o mini Chris ficou mais energético.

- Querido, eu agora só quero descansar. E que tal ires procurar os teus documentos noutro sítio? - Ele fecha a gaveta e sobe para a cama.

- Desculpa amor, mas sabes que preciso deles.

Sinto-o a fazer uns curtos passeios com os dedos pelo meu braço enquanto dava pequenos beijos no meu pescoço. Peguei na mão dele e tirei-a do meu braço na esperança que ele percebesse que não estava para ali virada. Claro que ele fez o contrário que eu queria. Ele passa por cima de mim e deita-se à minha frente. O sorriso dele era tão inocente e, como sempre, acabei por perdoá-lo.

- Eu sei o que tu achas da minha viagem, mas tu também sabes que se não for agora vou mais tarde e perderei o nascimento. Tenho que ir o mais cedo possível. - Olhei séria para ele sem lhe dizer nada. - És tão teimosa e isso não veio com as hormonas, não adianta dizeres o contrário. - Com cuidado ele dá-me um abraço e beija a minha testa. - Sabes que eu não te deixaria por nada.

- Acabaste de dizer que foste obrigado a ir embora... - Ele ri embaraçado.

- Que não te deixaria por nada por livre vontade. Neste caso se não for agora não conseguirei estar cá presente quando mais precisas de mim.

- Mas eu preciso de ti agora. Estou no sexto mês e o médico diz que só vai piorar. Quantas vezes preciso de dizer que não quero que vás embora? - Afundei-me mais no abraço.

- Eu sei... Não há maneira que consigas perdoar-me. - Ele levanta a minha cara e obriga-me a olhar nos seus olhos. - A Yuna vai tomar conta de ti por mim. Eu vou ligar-te todos os dias sem falta. Farei de tudo para que tu sintas o mínimo da minha ausência. Eu amo-te Layla. - O sorriso leve dele foi o suficiente para contagiar o meu lábio.

- Também te amo Chris. - Partilhamos um longo beijo até que somos interrompidos.

- Alguém está com ciúmes. - Ele ri e olha para baixo.

- Ao menos alguém protege-me.

- Hei. Isso não é justo. Ele é o culpado disto tudo. - Não consegui esconder o riso. - Ele é muito energético. - Pousou uma mão na barriga acalmando logo o pequeno diabrete.

- O médico diz que é normal. Só não percebo porque ele já é tão parecido contigo. - Ele ri e beija a minha barriga.

- Ele sabe bem como vai sair bem na vida se for como o pai, não é pequenote? - Chris riu ao ver um pontapé como resposta.

- Agora parem de conversar senão não vou conseguir mexer-me.

Chris despediu-se com um pequeno beijo e foi há procura dos documentos noutro sítio. Felizmente o pequeno dentro de mim acalmou-se e consegui ganhar forças novamente. Quando vi que eu é que tinha mais energia, levantei-me e fui para a sala. Mal cheguei lá irritei-me logo. Tinha escutado a conversa de Chris com Yuna e não gostei nada do que ouvi.

- Como assim tens que ir embora agora? - Yuna começou a afastar-se devagar a preparar-se para a fuga enquanto Chris pensava numa boa resposta para me dar.

- Eu tenho uma reunião daqui a meia hora.

- O QUÊ?! - Nesta altura, Yuna já tinha fugido como todo o pessoal que estava lá perto.

- Tem calma querida. - Ele começou a fazer pequenas massagens nos meus braços. - Não precisas de ficar stressada.

- Não me venhas com isso! Temos uma marcação para o médico daqui a poucas horas! Vais-me dizer que terminas a reunião numa hora? - Ele coçou a cabeça sem grande resposta para me dar. - Bem me pareceu.

Criada de um MilionárioTahanan ng mga kuwento. Tumuklas ngayon