Capítulo 11

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Um mês depois...

"Samantha"

— Ai Mary, nem acredito que falta só um dia para fecharmos a loja, e podermos descansar por alguns dias.

— Graças a Deus. Eu nunca me senti tão cansada como nos últimos tempos. — ela suspira e deita no sofá da minha sala. — Você vai mesmo passar o Natal e o Ano Novo na casa dos pais do Bernardo?

— Vou. Eu não estava com muita vontade de ir não, mas a minha mãe falou que se eu for ela e o meu pai não ficarão chateados. Lá, pelo menos eu não vou ficar sozinha, já que eles dois sempre ficam no restaurante.

— Você fica sozinha porque você quer. Todo ano meus pais te convidam.

— Eu sei. Prometo que no Natal do ano que vem eu vou para a casa deles.

— Quero só ver.

— A ex-mulher do Bernardo, era o principal motivo de eu não querer ir. Eu não quero me encontrar com ela, mas ao mesmo tempo, não quero deixá-lo sozinho, para que ela tenha a oportunidade de falar com ele.

— Nossa que ciumenta. O que aconteceu? Você nunca foi assim.

— Não é ciumes, é ódio. Você não faz ideia do quanto eu odeio aquela mulher.

— Nossa Sam, mas essa raiva toda é só porque ela entrou no apartamento dele aquela vez, e se apresentou como esposa dele? Deixa isso para lá, já passou. Não vale a pena. vocês estão juntos e ela está chupando o dedo.

— Não, não é por causa disso. Eu não gosto dela por outros motivos.

— Quais?

— Eu queria poder te contar, mas envolve tanta coisa e tanta gente, que eu não acho justo te envolver, além disso, ele pediu que eu não contasse a ninguém. Você entende não é?

— Claro que sim, fica tranquila. Deixa eu voltar para a minha sala, porque eu ainda tenho muita coisa para resolver, antes do dia terminar.

Ela levanta do sofá e sai, minutos depois meu celular começa a tocar.

É o Bernardo.

— Oi meu amor, tudo bem?

— Tudo e você? — falo que estou bem. — Suas coisas já estão arrumadas?

— Quase. Ainda tenho algumas coisas para guardar. — suspiro. — Eu estou nervosa por causa dessa viajem.

— Eu sei, mas tudo vai dar certo. Meu pai vai adorar você.

— Não é com o seu pai que eu estou preocupada, o meu problema é outro, e você sabe muito bem qual é.

— Eu sei Sam, mas como eu disse tudo vai dar certo, eu conversei com a minha mãe hoje e ela contou que já falou com a Vitória, mais de uma vez até, e que falou com a mãe dela também. Ela explicou que eu vou levar minha namorada e que gostaria muito que a filha dela se comportasse.

— Quero só ver.

— Esquece ela.

— Está bem. Você me pegar na minha casa amanhã?

— De manhã?

— Não amor, depois que fecharmos a loja. Eu vou sair daqui e passar no restaurante para me despedir dos meus pais, depois vou para casa para guardar o restante das minhas coisas, e pensei que você pudesse me pegar lá.

— Acho melhor eu passar aí para irmos juntos para o restaurante. Eu também quero desejar boas festas para eles, depois vamos para a sua casa e pegamos suas coisas. Pode ser?

Caminhos Traçados 2ª EdiçãoWhere stories live. Discover now