Capítulo 28

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Samantha

— Mas é muita cara de pau viu. — Paula passa por nós reclamando.

— O que foi?

— É sério mesmo que você está me fazendo essa pergunta Bernardo? — ela está muito irritada. — Eu não suporto mais ter que olhar na cara da Vitória. O que ela fez no natal foi ridículo, e hoje ela aparece com a maior cara de pau, como se nada tivesse acontecido, nem que ela fez um escândalo.

— Eu também não aguento mais, mas infelizmente acabei me casando com a filha do melhor amigo do nosso pai, que também é meu padrinho. Eu, mais do que ninguém gostaria que ela sumisse, e nos deixasse em paz, mas...

Ela suspira.

— Eu sei. Verônica também está irritada.

— O que ela quer é chamar atenção, se a ignorarmos ela vai ficar na dela. Nós dois vamos fazer isso. — ele diz.

— Eu duvido, mas...

— Vamos tentar pelo menos. — Falo e ela concorda.

Evy para ao nosso lado e parece nervosa.

— Está tudo bem mãe?

— Por enquanto sim, filho. Agora não sei se vai continuar. A casa está cheia e eu não sei o que sou capaz de fazer, se a Vitória decidir fazer um escândalo igual ao do Natal. Estou rezando muito para que ela se comporte. — ela olha na direção da mesa onde ela e os pais estão sentados. — Não queria que ela viesse, mas também não posso expulsá-la, se fizesse isso, Pedro e Sandra ficariam magoadíssimos.

— Bernardo? — o pai o chama. — Vem aqui, por favor.

Ele está ao lado da churrasqueira e teremos que passar próximo a mesa da Vitória.

— Vamos lá. — Evy fala e a seguimos.

— Olha o casalzinho aí. — Vitória diz quando estamos passando.

— Vitória? — o pai chama sua atenção.

— Estou brincando. — ela olha para nossas mãos juntas. — Bernardo e Samantha, quero aproveitar a oportunidade para pedir desculpas a vocês dois, ou melhor, quero pedir desculpas a todos e principalmente para o Tio Adolph — ela olha para ele. — e para Tia Evy, pelo meu lamentável comportamento no Natal. Me descontrolei e acabei falando coisas que não devia. Desculpem.

Não sei quanto aos outros, mas eu não acredito em uma palavra que sai da boca dela. Ela é o cinismo em pessoa.

Bernardo aperta minha mão.

— Tomara que hoje você não se descontrole, a casa está cheia, e não seria nada legal ter outro escândalo. — ela estreita os olhos sutilmente para ele. — Com licença.

Ele, eu e a Evy, damos alguns passos e paramos ao lado do Adolph.

— Foi só eu que achei que ela não foi sincera? — Adolph pergunta.

— Não meu amor, tenho certeza de que todos nós tivemos a mesma impressão.

Resolvo mudar de assunto.

— Quem são todas essas pessoas?

Adolph sorri ao olhar em volta.

— São alguns funcionários da vinícola.

— Porque só alguns? Isso não pode gerar uma briga, ou algo do tipo?

— Não, todos já estão acostumados. Os vinte funcionários que foram destaques durante o ano, trazem a família, e passam o Ano Novo conosco. — Bernardo explica.

Caminhos Traçados 2ª EdiçãoWhere stories live. Discover now