Capítulo 24

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Bernardo

Saio do quarto e paro, torcendo para que ela venha atrás de mim. Espero cerca de vinte minutos e não ouço nenhum movimento dentro do quarto. Eu não queria voltar sozinho para casa, mas é o que vai acontecer, e tudo isso porque fui um grande idiota hoje, mas agora é com ela, não posso fazer mais nada.

Só de pensar que não vamos conseguir nos acertar, me da um nó no estômago.

Entro no carro e volto para casa. Quando chego, todos estão na sala esperando.

— Cadê a Sam? — Paula a procura atrás de mim.

— Ela ficou no Hotel.

— Vocês terminaram?

— Não sei. — dou de ombros e passo por eles.

— Bernardo...

— Eu quero tomar um banho mãe. — subo as escadas e vou para meu quarto.

Entro no banheiro e tomo um demorado banho quente, quando entro no quarto com a toalha enrolada na cintura, Verônica está sentada na minha cama. Entro no closet, visto uma cueca e uma bermuda, e deito na cama.

— Quer conversar?

— Não tem o que falar. Você sabe o que aconteceu, alias, todos sabem. Hoje eu fui um imbecil por ignorar a mulher que eu amo, e tudo isso por causa de uma pessoa que não teve consideração nenhuma comigo no passado.

— Porque você a ignorou?

— Porque eu gostei de ver no rosto da Érika o interesse dela por mim. Aquilo fez bem para o meu ego...

— E muito mal para a sua relação com a Sam. — ela termina a frase.

— Exatamente. — massageio as têmporas.

— Eu não sei o que se passa na cabeça de vocês homens.

— Porra nenhuma. Eu sabia que eu estava fazendo bobagem, mas naquele momento, decidi ignorar a parte do meu cérebro que falava para eu parar com aquilo e ir atrás da Sam.

— E se ela não quiser mais ficar com você?

Fecho os olhos e cubro os olhos com o braço.

— Eu não quero pensar nessa possibilidade.

— Mas tem. — tiro o braço do rosto e a olho irritado. — E se isso acontecer vai se bem feito. Quem sabe assim da próxima vez, você ouve o que a sua namorada está dizendo, ou então você deixa o ego e a vaidade de lado e escolhe o amor.

— Cala essa boca pelo amor de Deus. — dou um longo suspiro. — A Sam é única e se eu não a tiver, não terei mais ninguém.

— Ai que lindo. — ela me dá um sorriso amável. — Porque não pensou assim antes de fazer a burrada? — séria, ela me dá um tapa na perna.

— Você não está ajudando Verônica.

— Ótimo. Quero que você sofra um pouquinho.

— Você é uma irmã maravilhosa sabia?

— Sabia. Falando sério agora. O que você pretende fazer?

— Nada.

— Como nada? Você vai a deixar ir embora?

— O que é que você quer que eu faça? Que eu a sequestre, ou então que fique a importunando como o Carlos fazia? — levanto da cama. — Admiti que gostei de ver o interesse da Érika, que eu fui um babaca, e me desculpei várias vezes, agora a decisão está nas mãos delas. Falei que quando ela tivesse uma resposta, era para ela me ligar... ou não.

Caminhos Traçados 2ª EdiçãoWhere stories live. Discover now