Samantha
Ao chegarmos ao aeroporto de Porto Alegre, encontramos a Paula e o Marcos nos esperando com uma das Vans da Vinícola. Durante o caminho até a casa, o falatório dentro do carro e tanto, que a dor de cabeça que eu estava sentindo, piora.
Quando o carro para na frente da casa, passa do meio dia. Acredito que a dor de cabeça que estou sentindo, é uma mistura de cansaço, sono e fome.
Ao descer do carro meu queixo cai. A casa é linda por fora. A frente dela é estilo colonial e ela é toda feita de pedra. Além disso, há um enorme jardim rodeando-a.
— Que lugar lindo. Essa casa é maravilhosa. Quero uma igual.
— Espera até vê-la por dentro. — a Verônica passa rindo ao meu lado.
— Quando casarmos, eu te dou uma parecida com essa. — Bernardo fala baixinho no meu ouvido e eu o olho de cara feia.
— Você vai começar outra vez com essa história?
— Eu adoro te provocar.
Sorrindo ele me dá um beijo e ajuda o Marcos e o Matheus com as malas.
— Vem Sam, não liga para o que ele fala não. — Marta me puxa pela mão e seguimos em direção a casa.
A Verônica estava certa. A casa é ainda mais linda por dentro. A sala é ampla e os móveis são rústicos, contrastando com alguns aparelhos eletrônicos.
— Minha querida. — Evy surge de um canto da sala. — Como é bom te receber aqui na minha casa. Seja bem vinda. — ela me dá um beijo e me abraça. — Você está com uma carinha abatida. Está tudo bem?
— Sim, eu só estou um pouco cansada. Essa última semana foi de muita correria na loja. Tenho trabalhado muito e dormido pouco. Mas nada que alguns dias de descanso não possam resolver.
— Isso é verdade. Aqui é um ótimo lugar para fazer isso.
Ela se afasta e vai em direção ao Júnior para abraçá-lo.
— Tem certeza que é só cansaço, amor?
— Tenho. Não se preocupa. Quando eu conseguir descansar vai ficar tudo bem.
— Vó? Onde está o meu avô? — ela coloca o menino no chão.
— Ele está na Vinícola, mas daqui a pouco ele chega. Ele está morrendo de saudade de você.
— Não acredito mãe. Ele sabia que íamos chegar e foi trabalhar?
— Até parece que você não conhece o pai que tem né Verônica? Ele foi, mas me prometeu que vai demorar.
— Quero só ver.
— Tá vendo ai mãe? Até a Paula está duvidando que ele volte mais cedo.
— Meu Deus, chega de reclamação. Se ele não vier, não veio e ponto final. Agora subam e vão guardar as malas de vocês para podermos almoçar. Eu já vou por a mesa. Martha, depois do almoço o Marcos vai te levara até a casa da sua filha.
Ela concorda e eu sigo o Bernardo escada acima.
— Eu preciso de um banho e de um comprimido para dor de cabeça. — falo ao entrarmos no quarto. — O júnior falou tanto no meu ouvido durante a viagem que minha cabeça começou a doer. De onde ele tira tanto assunto?
— Às vezes fico tonto de tanto que ele fala.
— Esse garoto tem a energia de vinte crianças juntas, pelo amor de Deus. Não sei como sua irmã e o Matheus aguentam.
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Caminhos Traçados 2ª Edição
RomanceSamantha Ramos está encantada com a maneira que Bernardo Schaefer a trata, ele é atencioso, e muito carinhoso, mas ao mesmo tempo, muito ciumento e possessivo, e isso a incomoda muito, além de algumas reações e atitudes que a intrigam. Ela sabe q...