Capítulo 14

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Samantha

Ao chegarmos ao aeroporto de Porto Alegre, encontramos a Paula e o Marcos nos esperando com uma das Vans da Vinícola. Durante o caminho até a casa, o falatório dentro do carro e tanto, que a dor de cabeça que eu estava sentindo, piora.

Quando o carro para na frente da casa, passa do meio dia. Acredito que a dor de cabeça que estou sentindo, é uma mistura de cansaço, sono e fome.

Ao descer do carro meu queixo cai. A casa é linda por fora. A frente dela é estilo colonial e ela é toda feita de pedra. Além disso, há um enorme jardim rodeando-a.

— Que lugar lindo. Essa casa é maravilhosa. Quero uma igual.

— Espera até vê-la por dentro. — a Verônica passa rindo ao meu lado.

— Quando casarmos, eu te dou uma parecida com essa. — Bernardo fala baixinho no meu ouvido e eu o olho de cara feia.

— Você vai começar outra vez com essa história?

— Eu adoro te provocar.

Sorrindo ele me dá um beijo e ajuda o Marcos e o Matheus com as malas.

— Vem Sam, não liga para o que ele fala não. — Marta me puxa pela mão e seguimos em direção a casa.

A Verônica estava certa. A casa é ainda mais linda por dentro. A sala é ampla e os móveis são rústicos, contrastando com alguns aparelhos eletrônicos.

— Minha querida. — Evy surge de um canto da sala. — Como é bom te receber aqui na minha casa. Seja bem vinda. — ela me dá um beijo e me abraça. — Você está com uma carinha abatida. Está tudo bem?

— Sim, eu só estou um pouco cansada. Essa última semana foi de muita correria na loja. Tenho trabalhado muito e dormido pouco. Mas nada que alguns dias de descanso não possam resolver.

— Isso é verdade. Aqui é um ótimo lugar para fazer isso.

Ela se afasta e vai em direção ao Júnior para abraçá-lo.

— Tem certeza que é só cansaço, amor?

— Tenho. Não se preocupa. Quando eu conseguir descansar vai ficar tudo bem.

— Vó? Onde está o meu avô? — ela coloca o menino no chão.

— Ele está na Vinícola, mas daqui a pouco ele chega. Ele está morrendo de saudade de você.

— Não acredito mãe. Ele sabia que íamos chegar e foi trabalhar?

— Até parece que você não conhece o pai que tem né Verônica? Ele foi, mas me prometeu que vai demorar.

— Quero só ver.

— Tá vendo ai mãe? Até a Paula está duvidando que ele volte mais cedo.

— Meu Deus, chega de reclamação. Se ele não vier, não veio e ponto final. Agora subam e vão guardar as malas de vocês para podermos almoçar. Eu já vou por a mesa. Martha, depois do almoço o Marcos vai te levara até a casa da sua filha.

Ela concorda e eu sigo o Bernardo escada acima.

— Eu preciso de um banho e de um comprimido para dor de cabeça. — falo ao entrarmos no quarto. — O júnior falou tanto no meu ouvido durante a viagem que minha cabeça começou a doer. De onde ele tira tanto assunto?

— Às vezes fico tonto de tanto que ele fala.

— Esse garoto tem a energia de vinte crianças juntas, pelo amor de Deus. Não sei como sua irmã e o Matheus aguentam.

Caminhos Traçados 2ª EdiçãoWhere stories live. Discover now