Capítulo 26

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Bernardo

— Por favor, me dá uma trégua. — ela pede sorrindo ao tentar tirar minhas mãos de cima de seu corpo.

— Ainda estou com saudade. Vem cá vem. — faço cócegas em sua cintura e ela grita.

— Não, eu não aguento mais. — ela suspira. — Vamos embora. Tenho certeza de que amanhã bem cedo, sua mãe já vai querer começar a preparar a ceia de Ano Novo, e ela vai precisar de ajuda.

— Minhas irmãs e a Martha estão lá. Elas vão ajudá-la. — a abraço pela cintura e colo meus lábios aos dela.

Ela me empurra e consegue sair da cama, antes que eu consiga segurá-la.

— Não. Isso não é justo. Além disso, não sabermos o que aconteceu com o sogro da Beth. De repente eles podem estar precisando de ajuda. — ela me dá as costas enquanto mexe na bolsa.

— Se fosse algo grave, eles já teriam nos ligado.

— Bernardo! — ela anda até o frigobar do quarto.

Suspiro e cubro o rosto com as mãos.

— Está bem nós vamos embora, mas só depois de tomarmos banho e jantarmos. — ela me olha segurando uma garrafa de água. — É pegar ou largar.

Ameaço levantar para pegá-la.

— Está bem. Nós vamos embora depois do jantar. — ela bebe um pouco da água. — Quer?

— Não obrigado. — levanto da cama. — Vou encher a banheira.

Entro no banheiro e fecho a porta para usá-lo, depois coloco a banheira para encher. Quando volto para o quarto, ela está sentada na poltrona de olhos fechados.

— Sam? O que você tem? Você está pálida.

— Tomei um pouco de água e meu estômago começou a revirar— ela fecha os olhos com força.

Coloco a mão em sua testa para ver se ela está com febre, mas ela está gelada e suando.

— Nossa, amor, vocês está gelada.

Assim que termino de falar, ela levanta e saí correndo para dentro do banheiro. Corro atrás dela e a vejo ajoelhada na frente do vaso vomitando e gemendo.

— Vou te levar para o hospital.

Eu nunca a vi desse jeito. Estou nervoso.

Quando termina de vomitar, ela fecha a tampa e eu dou descarga, enquanto ela apoia a cabeça no braço.

— Que dor horrível. — ela resmunga.

— Vou te ajudar com o banho e depois vamos para o hospital.

— Não. — sua voz sai rouca. — Eu vou ficar bem. Vamos tomar banho e vamos voltar para a casa dos seus pais.

— Nada disso. Só vou ficar tranquilo, quando souber o que você tem, por isso vou te levar ao médico. — a pego no colo e a coloco na banheira.

— Eu sei o que tenho. Adoro comida japonesa, mas não posso comer. Sempre que como, acabo passando mal depois. — ela recosta na banheira e me olha. — Não se preocupe, vou ficar bem.

— Sam...

— Juro que daqui a pouco estarei melhor.

— Está bem. Quer ficar aí dentro um pouco? — ela diz que sim. — Então, vou arrumar suas coisas e depois que eu tomar banho, vamos embora.

Ela concorda e eu lhe dou um beijo na testa antes de sair do banheiro.

Ela é bem organizada e não tenho dificuldade nenhuma em arrumar sua mala. Quando me certifico de que guardei tudo e não me esqueci de nada, volto para o banheiro e ajudo a terminar de se lavar. Depois a enrolo em uma toalha e a levo para o quarto.

Caminhos Traçados 2ª EdiçãoWhere stories live. Discover now