Capítulo 13

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Na garagem do prédio dele, descemos do carro e ele pega minha mala, depois subimos para o apartamento. Quando entramos a Martha diz o jantar está quase pronto.

— Eu ainda preciso arrumar algumas coisas, então estaremos no quarto.

— Quando a mesa estiver posta eu chamo vocês. — concordamos e seguimos para o quarto dele.

Ao entrarmos no quarto, ele coloca minha mala em um canto da parede, antes de entrar no closet para trocar de roupa, enquanto deito na cama e fico olhando para o teto.

— O que essa linda cabecinha está pensando? — ele deita ao meu lado e me dá um beijo.

— Em como será esses dias que vou ficar na casa dos seus pais.

— Será maravilhoso. Todos irão te tratar super bem e você vai se sentir em casa.

— Você sabe do que realmente eu estou falando.

Ele suspira.

— Eu já te pedi para não pensar na Vitória, ela é passado.

— Eu sei meu amor, quanto a isso eu estou tranquila, o que me incomoda é ter que ficar no mesmo lugar que ela.

— Ninguém fica mais incomodado com a presença dela do que eu, mas eu faço um esforço. Se eu consigo, você também consegue.

Ele sorri e me beija.

— O que eu não faço por você. — ele solta uma gargalhada e me beija novamente.

Ouvimos um pigarro e olhamos em direção a porta.

— Desculpa incomodar, mas o jantar está servido. — a Martha está vermelha por nos interromper.

— Obrigado. Nós já vamos.

Quando ela sai, ele me beija novamente, depois levanta da cama e me ajuda a levantar.

— Não se preocupe com a Vitória. Você está indo para a casa dos meus pais, para ficar comigo e com a minha família e para descansar um pouco. Ok?

— Sim senhor.

— Ótimo. Agora vamos comer, porque eu estou morto de fome. O sexo que fizemos na sua casa me deixou faminto.

— Bobo. — sorrindo, lhe dou um beijo e saímos do quarto.

Na sala, enquanto jantamos, a Martha e ele me contam histórias sobre a família e descrevem como é a casa e a Vinícola.

— Deve ser um sonho morar em uma casa grande, com quintal e irmãos para brincar.

— Na maior parte do tempo era muito bom, mas devo confessar que tinha dias que eu queria matar minhas irmãs.

— Por quê?

— Porque elas sempre queriam ficar no meio dos meus amigos, e isso me irritava. Acho que todo garoto que tem um amigo bonito e tem irmãs, acaba passando por isso. — a Martha e eu sorrimos.

— Ele ficava irritado mesmo. A pior de todas era a Paula, a mais nova e a mais assanhada. Ela teve uma paixonite por um amigo do Bernardo e sempre que o garoto ia lá para casa, ela queria fazer as mesmas coisas que eles estavam fazendo. A Evy sempre tinha que intervir, por que se não acabava saindo briga entre ele e ela.

Sorrio e eles continuam com as histórias.

Ao terminarmos de jantar, ajudo a Martha a limpar a cozinha, quando terminamos ela diz que ainda precisa terminar de fazer a mala, nos dá boa noite e sai da sala nos deixando a sós.

Caminhos Traçados 2ª EdiçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora