Na garagem do prédio dele, descemos do carro e ele pega minha mala, depois subimos para o apartamento. Quando entramos a Martha diz o jantar está quase pronto.
— Eu ainda preciso arrumar algumas coisas, então estaremos no quarto.
— Quando a mesa estiver posta eu chamo vocês. — concordamos e seguimos para o quarto dele.
Ao entrarmos no quarto, ele coloca minha mala em um canto da parede, antes de entrar no closet para trocar de roupa, enquanto deito na cama e fico olhando para o teto.
— O que essa linda cabecinha está pensando? — ele deita ao meu lado e me dá um beijo.
— Em como será esses dias que vou ficar na casa dos seus pais.
— Será maravilhoso. Todos irão te tratar super bem e você vai se sentir em casa.
— Você sabe do que realmente eu estou falando.
Ele suspira.
— Eu já te pedi para não pensar na Vitória, ela é passado.
— Eu sei meu amor, quanto a isso eu estou tranquila, o que me incomoda é ter que ficar no mesmo lugar que ela.
— Ninguém fica mais incomodado com a presença dela do que eu, mas eu faço um esforço. Se eu consigo, você também consegue.
Ele sorri e me beija.
— O que eu não faço por você. — ele solta uma gargalhada e me beija novamente.
Ouvimos um pigarro e olhamos em direção a porta.
— Desculpa incomodar, mas o jantar está servido. — a Martha está vermelha por nos interromper.
— Obrigado. Nós já vamos.
Quando ela sai, ele me beija novamente, depois levanta da cama e me ajuda a levantar.
— Não se preocupe com a Vitória. Você está indo para a casa dos meus pais, para ficar comigo e com a minha família e para descansar um pouco. Ok?
— Sim senhor.
— Ótimo. Agora vamos comer, porque eu estou morto de fome. O sexo que fizemos na sua casa me deixou faminto.
— Bobo. — sorrindo, lhe dou um beijo e saímos do quarto.
Na sala, enquanto jantamos, a Martha e ele me contam histórias sobre a família e descrevem como é a casa e a Vinícola.
— Deve ser um sonho morar em uma casa grande, com quintal e irmãos para brincar.
— Na maior parte do tempo era muito bom, mas devo confessar que tinha dias que eu queria matar minhas irmãs.
— Por quê?
— Porque elas sempre queriam ficar no meio dos meus amigos, e isso me irritava. Acho que todo garoto que tem um amigo bonito e tem irmãs, acaba passando por isso. — a Martha e eu sorrimos.
— Ele ficava irritado mesmo. A pior de todas era a Paula, a mais nova e a mais assanhada. Ela teve uma paixonite por um amigo do Bernardo e sempre que o garoto ia lá para casa, ela queria fazer as mesmas coisas que eles estavam fazendo. A Evy sempre tinha que intervir, por que se não acabava saindo briga entre ele e ela.
Sorrio e eles continuam com as histórias.
Ao terminarmos de jantar, ajudo a Martha a limpar a cozinha, quando terminamos ela diz que ainda precisa terminar de fazer a mala, nos dá boa noite e sai da sala nos deixando a sós.
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Caminhos Traçados 2ª Edição
RomanceSamantha Ramos está encantada com a maneira que Bernardo Schaefer a trata, ele é atencioso, e muito carinhoso, mas ao mesmo tempo, muito ciumento e possessivo, e isso a incomoda muito, além de algumas reações e atitudes que a intrigam. Ela sabe q...