CAPÍTULO 7

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   Bryan

Entrei no elevador e um garotinho, acompanhado de um homem que imaginei ser seu pai, me fitou com curiosidade.

— É você? — o garoto apontou para mim.

— Eu? — frazi o cenho.

— Sim, aqui nas fotos. — ele ergueu o aparelho celular, mostrando as tais fotos. Pareciam tiradas por paparazzis, porque eu estava em frente ao escritório do Scott, junto a ele e os diretores do time no final da nossa reunião de pouco mais de uma hora atrás.

— Você será o novo jogador do Course Victory? — o garoto me despertou ao perguntar.

— Louse! — o homem ao seu lado o repreende. — Desculpe, ele é muito fã desse time. — explicou, fitando-me.

— Tudo bem. — sorri fraco.

As pesadas portas se abriram.

Saí do elevador, meio sem jeito.

— Boa estreia. — o menino desejou sorrindo antes das portas se fecharem.

— Obrigado. — falei, mas ele não pôde me ouvir. De repente, lembrei-me de ligar para Scott para saber o que estava acontecendo. Procurei o celular no meu bolso, mas não o encontrei. — Droga. — praguejei ao perceber que não estava com o aparelho. Caminhei pelo corredor até chegar no meu quarto e adentrar no mesmo. Olhei em volta, à procura do celular. — Onde o deixei?me livrei do paletó e afrouxei a gravata. Meus olhos se fixaram no aparelho que estava em pedaços no chão. — Merda! — o joguei contra a parede ontem a noite e não o peguei de volta. — Será que ela me ligou? — me perguntei ao apanhá-lo do chão. Estava destruído.

Caminhei até a cama e me sentei à mesma. Peguei o telefone e disquei o número da Katie, ela atendeu no segundo toque.

Oi? Me desculpa. Eu prometo não fazer mais...

Do que você está falando? — cortei-a.

Da festa. Você está chateado comigo, por isso não me atendeu e não respondeu as mensagens. — disparou.

Não... — passei as mãos nos cabelos. Eu não sabia se falava o que estava sentindo ou apenas fingia que nada aconteceu. Decidi falar. — Olha, eu fiquei chateado por você estar no mesmo lugar que aquele cara...

Ele é meu amigo. — me interrompeu.

Eu sei. — não evitei bufar ao afirmar. Resolvi sair daquele assunto para não chegarmos a uma discussão motivada por aquele idiota. — Mas o motivo de eu esta incomunicável é outro. — meus olhos se voltaram para o aparelho quebrado em cima da cama. — Mais tarde resolverei esse problema. Apenas não se preocupe, porque eu te amo.

O que é isso? — seu tom de voz é surpreso. Ela parecia não ter ouvido as minhas últimas palavras.

Isso o que? — perguntei, intrigado. Do que está falando?

Estou falando dessas fotos suas nos jornais esportivos. — disparou.

São vários jornais? — Agora era eu quem estava surpreso. Como algo assim pode ter vazado tão depressa?

Sim. — afirmou. — Tem Bryan Williams de todos os ângulos.

— Não me diga. — meu tom foi irônico.

— Digo. — riu.

E eu estou bonito? — arqueei as sobrancelhas mesmo sabendo que ela não podia me ver.

Uma Chance [EM REVISÃO]Onde histórias criam vida. Descubra agora