CAPÍTULO 33

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   Katie

Bato a porta atrás de mim e tento controlar a respiração recostada na mesma, o meu peito subia e descia descompassado.

Não pensei duas vezes antes de fugir daquela festa. Depois do que aconteceu, a única coisa que eu queria era ir para o mais longe possível dele. Aquele beijo me trouxe lembranças e sensações que eu jamais pensei que teria novamente. Eu não quero tê-las, não quero sentir nada, não posso, porque é errado.

— Chegou cedo. — Lilly me assustou ao parar na minha frente.

— Sim. — digo, em um murmúrio. — Como foi tudo por aqui? — pigarreio ao afastar-me da porta.

— Benjamin acordou, mas depois de um copo de leite e uma boa história, ele dormiu. — sorriu.

— Que bom. — meu tom é aliviado.

— Ainda precisa de mim? — analisou-me.

— Ah, não. — abro a bolsa para pegar o seu pagamento. — Você... eu não sei nem como agradecer, quanto eu te...

— Não precisa! — disparou ao cortar-me. — a senhorita Alexa já acertou tudo.

— Ela realmente pensou em tudo. — sussurro para mim mesma.

— Tudo bem? — franziu o cenho.

— Sim. — assenti, meio sem jeito.

— Deixei um cartão sobre a mesinha de centro. — caminha até um dos sofás, pega a sua bolsa e seu casaco.

— Obrigada. — digo.

— Benjamin é um bom menino, irei adorar se precisar dos meus serviços de novo. — caminha até mim.

— Obrigada. Tenho certeza que vocês se deram bem. — sorrio.

— Até mais. — se despede de mim com um aceno de cabeça.

— Até mais. — faço o mesmo e abro a porta em seguida.

Ela passa por mim e vai embora.

Fecho a porta e sigo para o andar de cima da casa em seguida. Entro no quarto, em silêncio para não acordá-lo, Benjamin dormia como um anjinho em sua cama. Deixo a bolsa sobre a poltrona, tiro os sapatos e caminho até ele.

Meu amor... — deposito um beijo na sua bochecha ao deitar-me junto à ele. — a mamãe errou muito, me perdoe.

**
  Bryan

O sol mal tinha nascido quando Scott me ligou marcando um encontro para tratarmos de negócios.

— Vai sair tão cedo? — minha mãe perguntou ao ver-me descendo às escadas.

— Sim. — falei ao parar na sua frente.

— Então me dê uma carona. O meu carro está no conserto. — Alexa me surpreendeu ao falar enquanto entrava na sala.

— Vamos. — respondi, o tom contido.

— Vocês não vão tomar café da manhã? — minha mãe nos fitou.

— Eu comi uma maçã. — Alexa já saía pela porta.

— Eu vou para um café. — disse antes de segui-la e bater a porta atrás de mim.

Alexa e eu caminhamos em silêncio até o carro, entramos no mesmo e dou partida em seguida. Dirijo com cuidado pela rodovia movimentada enquanto o silêncio permanece dentro do veículo.

Alexa está distante desde a minha chegada, talvez esteja me dando o troco pelo o que fiz em todos esses anos. Me resolver com todos sempre foi fácil, mas não com ela. Minha irmã mais nova aprendeu a brincar de carrinho comigo antes mesmo de conseguir pronunciar todas as palavras corretamente e largou as bonecas cedo para me satisfazer jogando futebol quando Noah não podia; Ela me via como um amigo, um melhor amigo com quem dividiu as coisas mais estranhas na sua adolescência e, apesar de ter se afastado um pouco quando começou a namorar, ainda contava nos momentos que precisava, mas eu estraguei tudo quando fui embora.

Uma Chance [EM REVISÃO]Where stories live. Discover now