CAPÍTULO 18

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   Katie

— Parabéns! — Arthur não consegue esconder o semblante surpreso ao me felicitar.

— Obrigada. Eu... você pode me deixar sozinha? — mesmo que estar grávida fosse um desejo, eu mal conseguia assimilar o que acabara de saber.

— Sim, claro. Me ligue se precisar de algo. — diz.

— Obrigada. — sorrio fraco.

Ele assente com os lábios contraídos antes de se afastar.

Deixo o teste sobre a mesa. Uma lágrima solitária escorre dos meus olhos, era de felicidade, mas também de receio por tudo o que estava por vir.

— Katie... — ele chama a minha atenção ao parar à porta.

— Sim? — seco a lágrima com a mão antes virar-me para fitá-lo.

— Você está bem? — seu tom é preocupado.

Nego com a cabeça.

Sem dizer nada, ele caminha até mim e me abraça. Sem intenção alguma, ele me consola passando a mão nas minhas costas, era o meu amigo que estava ali.

— Eu não sei o que fazer. — deixo escapar, o rosto afundado em seu peito.

— Sei que ainda está chateada, mas, por favor, continue contando comigo. — pede. — É claro para mim que há muito tempo vem se mantendo longe pelo o que sinto, mas lembre-se que sou seu amigo antes de tudo e vou está sempre aqui para o que precisar.

— Obrigada. — desvencilho-me de seus braços segundos depois. — Agora eu realmente preciso ficar sozinha.

— Tá bem. — ele assente antes caminhar até a porta e sair pela mesma.

Abraço o meu próprio corpo, mais lágrimas escorrem dos meus olhos. Estou aflita e sem saber o que fazer, mas feliz por finalmente ter o fruto do meu primeiro amor dentro de mim.

Como Bryan vai reagir? me pergunto ao fitar o teste sobre a mesa.

**
Bryan

— Você pode me dar a garrafa? — peço ao depositar o copo sobre o balcão.

— Tem certeza? — o garçom pergunta.

Ele está tentando controlar a minha bebida desde que cheguei, há quase uma hora atrás.

— Se não quiser vender, eu posso ir para outro bar. — atiro.

— Parece que hoje não é o seu dia. — ouço uma voz feminina ao meu lado.

— Sim. — murmuro sem fitá-la.

O jovem atrás do balcão não diz mais nada, apenas deposita a garrafa sobre o balcão e sai.

— Posso? — a mulher chama a minha atenção ao erguer o seu copo vazio na minha frente.

— Sim. — digo.

Ela serve os dois copos com o bourbon.

Quando finalmente descido fitá-la, me surpreendo com o que vejo. Seus olhos eram azuis, seus lábios carnudos estavam contraídos em uma linha reta e os seus cabelos vermelhos brilhavam como fogo na pouca iluminação do bar.

— Então, mulher ou trabalho? — fixa os olhos nos meus ao perguntar.

— O quê? — franzo o cenho.

— O motivo de está aí se afogando nesse bourbon.

— E se eu te dissesse que é uma mulher? — pego o copo à minha frente e levo o mesmo aos lábios tomando todo o líquido.

Uma Chance [EM REVISÃO]Onde histórias criam vida. Descubra agora