CAPÍTULO 42

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   Bryan

Caminho pelos corredores do hospital com um sorriso estampado no rosto. Era a primeira vez em três semanas que eu sorria com felicidade. Finalmente, o meu menino estava saindo do hospital.

Katie continua na mesma situação, o que me preocupa e me deixa ainda mais abatido à cada dia. Mas ver Benjamin sair são e salvo deste lugar, faz com que eu me sinta feliz e esperançoso.

Abri a porta e adentrei no quarto. Meu sorriso se tornou ainda maior ao me deparar com a cena à minha frente: Benjamin estava de pé e brincava com Dana.

— Tio Bryan! — ele notou a minha presença, correu de encontro a mim e me abraçou meio sem jeito, pois em seu braço direito ainda havia uma atadura. — Olha pra mim... — desvencilhou-se de mim e deu uma voltinha. — eu não estou mais de vestido. — comemorou.

Dana e eu nos entreolhamos rindo.

— Oi. — ela me cumprimentou com um aceno de cabeça.

— Oi. — fiz o mesmo. — Estão prontos para ir?

— Sim! — Benjamin estufou o peito, aparentando estar muito bem.

— Eu preciso assinar uns papéis antes. — Dana avisou.

— Quer que eu vá com você? — perguntei.

— Obrigada. Eu volto em um minuto. — ela caminhou até a porta e saiu pela mesma.

— Tio Bryan? — Benjamin chamou a minha atenção.

— Sim? — o fitei.

— Eu posso ver a mamãe antes de ir? — pediu cabisbaixo.

— Não está no horário de visitas. Eu prometo que te trago depois. — falei.

— Ela não vai acordar? Eu não quero deixá-la aqui sozinha. — murmurou, o semblante triste.

— Ela não vai ficar sozinha. — abaixei-me para ficar da sua altura. — E sim, quando menos esperarmos, ela vai acordar.

— A tia Dana disse que ela está sonhando, viajando em um mundo desconhecido. Ela também disse que é como voar sobre as nuvens. — sorriu fraco. — Mas... a mamãe não parece feliz. — tentei não me derramar em lágrimas ao ouvi-lo.

— Eu vou te contar uma coisa. — segurei a sua mão e fixei os olhos nos seus. — A sua mãe está passando por uma fase difícil, mas é apenas uma mudança. Já ouviu falar em fênix? — ele negou com a cabeça. — A fênix é um pássaro da mitologia grega que, quando morre, renasce das próprias cinzas. Às vezes você precisa virar cinzas para poder renascer, é isso o que está acontecendo com a sua mãe.

— Ela vai renascer como uma fênix? — seu tom é intrigado.

— Ela vai acordar como a mãe maravilhosa que sempre foi e tudo vai voltar a ser como era antes. — afirmei. Ele soltou a mão da minha e me abraçou. — Vai ficar tudo bem, meu menino. — sussurrei, acariciando as suas costas.

— Obrigado, tio Bryan. — sua voz é macia.

— Podemos ir. — Dana nos surpreendeu ao entrar no quarto.

— Sim. — desvencilhei-me de Benjamin e fiquei de pé.

— Então vamos. — ela estendeu a mão para ele com um sorriso nos lábios.

Peguei a bolsa sobre sobre a poltrona antes de sairmos do quarto. Era um recomeço para o meu filho, mas ainda faltava alguém para estar completo.

**
— Tem certeza que podem ficar com ele? Eu posso levá-lo para a minha casa e o Arthur também está nessa disputa. — eu falava com Dana e Noah.

Uma Chance [EM REVISÃO]Onde histórias criam vida. Descubra agora