Uma Chance [EM REVISÃO]

CAPÍTULO 16

   Bryan

— Vamos, Bryan, você tem um jogo para ganhar. — Scott chama a minha atenção ao entrar no vestiário vazio.

— Eu não consigo. — minha voz é baixa.

— Ela vai te perdoar. — toca o meu ombro ao sentar ao meu lado.

— Não vai, — maneio a cabeça. — eu vi nos olhos dela.

— Eu também vi nos olhos dela que ela te ama. — afirma. — Ela está magoada, mas vai passar. Só dê mais alguns uns dias para ela, ok?

— Você não entende, ela suportaria tudo: essa distância miserável, entrevistas e paparazzis que invadem a nossa privacidade... qualquer coisa, menos uma traição. — engulo em seco ao lembrar do que fui capaz de fazer.

— Vamos entrar em campo. — Matt anuncia ao entrar no vestiário.

— Tudo vai ficar bem. Agora entre naquele campo e dê o seu melhor. — Scott me incentiva.

Assinto me perguntando o que vou fazer agora que perdi a minha 'musa inspiradora'.

**
— Foi um ótimo jogo. — Matt sorrir ao me cumprimentar.

Estávamos reunidos em uma sala reservada para o time, comemorando a vitória.

— Sim. — retribuio o sorriso.

Apesar do meu estado emocional, eu dei o meu melhor porque senti que devia isso aos torcedores, a equipe que trabalha duro e ao time que estava lutando junto por um único propósito.

— Temos uma entrevista. — Emma anuncia.

— Eu não vou participar. — digo para Scott.

— Isso vai nos causar problemas. — noto o desagrado em sua face.

— Apenas deixe a responsabilidade recair sobre mim. — recolho minhas coisas e saio dali.

**
  Katie

Fito o meu reflexo no espelho. Não preciso observar muito para notar as olheiras envolta dos meus olhos. Minha pele está mais pálida que de costume e os meus lábios, que antes eram rosados, estão sem cor.

Passo as mãos nos cabelos na tentativa de deixa-los arrumados. Respiro fundo ao colocar o cachecol vermelho envolta do pescoço.

Meu aparelho celular faz um bip, pego o mesmo no criado mudo. Engulo em seco ao ver mais uma mensagem de Bryan saltar no visor:

Sinto muito... Ao menos atenda as minhas ligações ou responda as mensagens, por favor. Eu te amo.

Meus olhos ardem ao ler a mensagem. Essa era mais uma de suas tentativa de me fazer respondê-lo. Dói, dói muito ficar longe dele e tentar esquecê-lo, mas quando eu leio "sinto muito" só consigo pensar que ele me traiu.

Seguro firme o aparelho em minhas mãos, raiva e mais dor tomam conta de mim após imagens dele com Emma na mesma cama em que dormimos juntos passar pela minha cabeça, começo a digitar:

Se você ainda me ama como diz, me faz um favor: me esquece.

Hesito me perguntando se é isso mesmo o que eu quero. Mesmo que tentasse, eu não conseguiria beijar os seus lábios, tocar o seu corpo e fazer amor com ele de novo sem lembrar que aquela mulher fez tudo isso com ele quando ele devia estar sendo fiel à mim. Não dá, em algum momento isso viria à tona no meio de uma discussão ou eu viveria insegura com receio de ser traída de novo e de novo. Com uma lágrima solitaria escorrendo dos olhos, aperto enviar. Sim, o amor não suporta tudo. Ou pelo menos agora, eu não suporto.