CAPÍTULO 49

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  Katie

O tempo é uma das coisas mais preciosas que existem, mas, na maioria das vezes, nós nos esquecemos disso. Temos a mania de nos fechar no nosso próprio mundo, e nos esquecer de tudo e de todos à nossa volta.

Sem percebermos, acabamos não dando o tempo necessário para as pessoas e coisas que realmente importam. Era exatamente isso que eu estava fazendo, enquanto tentava alçar os meus objetivos.

Com o meu projeto em andamento, a editora se tornou a minha segunda casa. Tudo o que eu faço é trabalhar em edições, entrevistas e dar vida às histórias contadas nelas.

Graças aos céus, Bryan me entende e me apoia em tudo, cada passo em falso que dou, ele está lá para me segurar. Benjamin, apesar de notar e sentir a minha ausência, está mais feliz do que nunca por ter um irmãozinho ou irmãzinha à caminho.

Mas eu sei que preciso cuidar de mim, da minha família, dar mais atenção aos meus amigos e acontecimentos ao meu redor.

Estiquei o corpo e remexi-me desconfortável na poltrona, as minhas costas estavam começando a doer de tanto ficar na mesma posição.

— Senhora Williams? — fui pega de surpresa ao ouvir um tom cordial à porta, erguer os olhos e encontrar o meu marido.

— Sim? — devolvi no mesmo tom, com um meio sorriso nos lábios.

— Trouxe a fruta que a senhora pediu. — ele parecia alguém que trabalhava para mim, quando caminhou em minha direção e depositou uma vasilha sobre a mesa.

— Eu pedi? — franzi o cenho.

— Não. Mas eu me preocupo com a minha esposa e o nosso bebê, então...

— Então você entrou no carro e dirigiu até aqui com uma vasilha cheia de melancia? — a pergunta escapou enquanto eu olhava a fruta. Ao receber o seu silêncio em resposta, ergui a cabeça. — Desculpa. — levantei e parei na sua frente. — Você é o melhor marido do mundo.

— Então fique um pouco com "o melhor marido do mundo." — rebateu, puxando-me para si. — Sinto sua falta.

— Eu também sinto. Isso tudo é só enquanto-

— Eu já ouvi isso. — cortou-me no mesmo instante em que, em um movimento rápido, ergueu-me e me colocou sobre a mesa.

Parado entre as minhas pernas, ele parecia lutar contra o próximo passo. Seus olhos olhavam os meus com profundidade, enquanto a sua respiração se misturava com a minha minha. Sem beijos ou toques em lugares sensíveis, apenas uma ação e os nossos corpos perto um do outro pareciam pegar fogo.

— Então essa é a sua nova tática para me fazer parar de falar? — não contive o sorriso.

— Desculpa, você me deixa louco. — confessou.

— É? — entrelacei as pernas nos seus quadris e o puxei para mim.

— Vocês podem deixar pra fazer isso em casa? — nos afastamos abruptos ao ouvir a voz de Dana. — Podia ser outra pessoa a entrar.

— Aconteceu algo? — pigarreei ao passar a mão nos cabelos.

— Sim. Eu, como sua irmã e dona de metade desta editora, estou te intimando a ir para casa. Você é a primeira a chegar e a última a sair nas últimas semanas. — seu olhar voltou-se para Bryan. — Leve-a para casa e cuide dela e do bebê, ou você vai se ver comigo.

— Não precisa se preocupar. — o tom de Bryan é firme.

Dana acenou com a cabeça antes de sair do mesmo jeito que entrou.

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