Capítulo 50

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  Bryan

Katie, Benjamin e eu adentramos na casa. Nós havíamos ido passear no parque e visitar alguns pontos turísticos da cidade.

— Vou para o quarto descansar. — Katie avisa antes de subir os lances de escada rumo ao andar de cima.

— Ela estava estranha durante o passeio. — Benjamin murmura.

— Sua mãe está no final da gravidez, isso a deixa meio indisposta. Acha que é fácil carregar dois bebês? — Arqueio as sobrancelhas.

— Não sei como ela consegue. — Dispara ele.

— Então, o que vamos fazer? — Bato as mãos uma na outra.

— Assistir jogo de futebol ou jogar videogame? — Ele caminha até um dos sofás e se acomoda no mesmo.

— Assistir ao jogo futebol. — Me aproximo e sento-me ao seu lado. Em seguida, pego o controle remoto e ligo a TV.

O jogo que passava na tela à nossa frente era de um time inglês, o mesmo estava apenas no início e o placar já estava a favor do time.

— Papai, você acha que vamos poder fazer isso quando elas chegarem? — Sua voz ecoa na sala segundos depois atraindo a minha atenção.

— Isso? — Franzo o cenho ao fitá-lo.

— Assistir a um jogo de futebol, sozinhos. — Murmura.

— As suas irmãs não vão nos atrapalhar em nada, Benjamin. De início eu vou ter que dar mais atenção a elas, mas depois, elas vão assistir com a gente. — Digo.

— E se elas não gostarem? As meninas só querem saber de bonecas. — Cruza os braços.

— Mesmo que não gostem, isso não quer dizer que eu não vou ter tempo para fazer coisas como assistir a um jogo de futebol com você. Irei dar atenção para os três igualmente. — Meu tom é firme.

— Acredito em você. — Sorri fraco.

— Nunca se esqueça que eu te amo, nada vai mudar isso. — Beijo o topo da sua cabeça. — Eu vou ver se a sua mãe precisa de algo, volto em um minuto.

Vejo-o assentir antes de me levantar e seguir rumo ao andar de cima.

Já no quarto, o barulho do chuveiro me guia em direção ao banheiro. Katie estava atrás do boxer e fitava algo no chão.

— Está tudo bem? — Meu tom é receoso ao me aproximar.

— A bolsa estourou. — Diz ela.

— Oh, meu Deus! — Desligo o chuveiro à minha frente, pego a toalha e cubro-a com a mesma. — Você tem certeza? Elas vão nascer? Digo, agora? — Não consigo esconder o meu desespero.

— Ainda temos tempo. — Diz com a maior calma possível ao tomar à frente e adentrar no quarto.

Sigo-a.

— Você pode pegar as malas? — Me fita.

— Sim. — Assinto antes de caminhar junto a ela em direção ao closet. Ela procura algo para vestir enquanto eu pego as malas que estavam ali prontinhas para o dia de hoje e levo-as para o quarto.

— Assim você vai derrubar tudo. — Ela fala entre risos logo atrás de mim.

— Como você consegue rir em um momento como esses? — Viro-me para fitá-la.

— Eu já passei por isso. — Sem cerimônia, ela livra-se da toalha e começa a vestir-se.

— Ah, claro. — Murmuro.

Uma Chance [EM REVISÃO]Where stories live. Discover now