CAPÍTULO 14

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   Katie

— Mais cerveja? — Noah me me fita ao estender a garrafa.

Eu estava na sua casa vendo o primeiro jogo da temporada do Course Victory. Eu prometi para Bryan que estaria lá, mas devido aos compromissos de editora-chefe e o cansaço, eu acabei desistindo. Ele ficou chateado pela promessa quebrada, mas disse que entendia e que logo esse sentimento ia passar.

— Obrigada. — sorrio ao pegar a garrafa de suas mãos.

— Está empatado. E faltam apenas dois minutos. — Dana estava com os olhos fixos na tela e mordia o lábio apreensiva.

— Cada segundo em um jogo é válido. — Noah soa convicto.

— Bryan foi escalado como goleador, o que ele está fazendo no meio do campo? — franzo o cenho.

Bryan deveria ficar perto da trave, no seu posto, mas ele havia saído de encontro ao jogador do outro time que estava com a bola. Em um passe rápido, ele tirou a bola do homem e a jogou para Matt. O mesmo manteve a bola nos pés, enquanto Bryan voltava para o seu posto. Em um jogada extraordinária do time, a bola chega a Bryan e ele faz o gol da vitória — dois segundos antes do juiz apitar — levando todos no estádio à loucura.

— Não falei! — Noah comemora em frente a TV.

— Isso! — Dana fica de pé e dá pulinhos.

— Essa é a primeira de muitas vitórias, meu amor. — beberico a minha cerveja em comemoração ao seu sucesso.

**
Bryan

Enrolo a toalha na cintura e saiu do pequeno cubículo.

— Ei. — Matt atrai a minha atenção ao entrar no vestiário. — Você foi demais, Bryan. — ele abre um largo sorriso.

Tínhamos acabado de sair do primeiro jogo da temporada. Graças aos céus e ao talento de todos, nós havíamos feito uma boa jogada e levado a vitória.

— Eu só fiz a minha parte. — digo simples. Caminho até o espelho e me fito no mesmo.

— Estávamos empatados, hoje foi o primeiro jogo da temporada e você nos salvou. — para ao meu lado. — Não seja modesto.

— Somos um time, — me viro para fita-lo. — fizemos isso juntos.

— Por isso devemos comemorar. Vem com a gente?

— Não, eu vou para casa descansar. — volto a me fitar no enorme espelho e começo a secar os cabelos com a toalha envolta dos meus ombros.

— Que isso cara? Ganhamos. Temos que comemorar. — afirma.

— Não. — sou curto.

— Somos atualmente os jogadores de um dos times mais importantes da europa, ganhamos o jogo de abertura da temporada e você não quer comemorar? — ele falava como se aquilo fosse algo inacreditável.

— Sim. — a palavra saí da minha boca, mas em seguida, me dou conta do que ele disse. Eu acabei de ganhar um jogo em um time profissional, porque não comemorar quando esse era o meu sonho? — Mas depois de ouvir tudo o que acabou de dizer, eu vou ao menos para passar alguns minutos.

— Bom, mas coloca uma roupa antes. — ele faz uma careta. — Nos vemos lá fora. — avisa antes de sair.

Apenas eu e meus pensamentos ocupavam o vestiário novamente.
Fui um dos últimos a sair do campo. Viajei para outra dimensão quando ouvi àquelas pessoas gritando o meu nome nas arquibancadas. Para mim, tudo aquilo era um sonho. Levei um tempo para acreditar que era real e sentir-me realizado.

Uma Chance [EM REVISÃO]Where stories live. Discover now