Capítulo 13

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Gente, boa noite!
Uma leitora sugeriu que eu colocasse as roupas da personagem e farei isso em alguns capítulos, quando a roupas forem repetida eu vou apenas colocar as características dela... Quando tiver foto da roupa vou colocar um asterisco (*), ai vocês olham no final do capítulo onde sempre deixo meus agradecimentos ❤

POV Pietra

A primeira coisa que sinto ao acordar é uma dor de cabeça latejante que me faz querer passar o resto do dia em casa, mas infelizmente sei que não posso simplesmente largar meus estudos de lado. Não depois de ter batalhado tanto por eles.

Visto qualquer roupa que vejo na minha frente, um jeans escuro, uma camisa de listra e um tênis*. Junto minhas coisas e saio do meu quarto rosa.

Preciso urgente tirar essa cor, não gosto dela. Nunca fui uma garota que gosta de rosa, não muito, ao menos.

O cheiro de café feito vem pra acalmar um pouco meus ânimos. Entro na cozinha e pego uma xícara.

Meu pai está sentado na mesa mexendo em seu celular e minha mãe lendo um livro, estão tão distraídos que nem notam minha presença. Queria que ficassem assim o resto do dia mas eles me olham no momento em que me sirvo do líquido preto e quentinho.

- Bom dia. - mamãe sorri e apenas forço um sorriso de volta.

- Parece cansada. - meu pai comenta e olho pra ele com uma cara nada boa. - Olheiras, pálida...

- É um novo hidratante de pele, chamado stress, acho que não é bom, vou tentar trocar papai.

- Irônica desde sempre. Que orgulho. - meu pai brinca e reviro os olhos.

- Pensa por um lado bom filha, é seu último mês na faculdade. - mamãe desvia os olhos do livro para me encarar.

- Não é tão tranquilizador assim mãe, nem sei o que fazer quando acabar o curso. Não tenho um ponto de partida, nem capital pra começar um negócio.

- Mas não pode desistir. - meu pai toca minha mão e olho pra ele. - É inteligente demais, bonita, sabe se virar, sempre soube e eu tenho certeza que  vai vencer.

- Obrigada pai. - sorrio pra ele.
Nem eu entendo os meus pais. Eles são separados, não dormem na mesma cama, se desentendem mas tem momentos que ficam tranquilos um perto do outro. Confuso demais.

Sinto que minha mãe gosta dele ainda e acho triste demais isso de gostar de uma pessoa que não te valoriza como deve ser, não te respeita direito, só te traz angústias...

Pego a chave do meu velho mini cooper, desço os degraus da escada correndo e ainda posso escutar a tosse insistente da minha avó no apartamento dela.

Foi internada há menos de cinco meses com pneumonia, ficou um mês no hospital, voltou pra casa e voltou a não se cuidar. Aposto que está pior agora.

Giro a chave na ignição e sorrio agradecida por não ter mais todo aquele barulho, quer dizer, não barulho demais mas  mesmo assim já é uma evolução e tanto!

A noite foi péssima, tive insônia e quando peguei no sono já era duas da manhã. Não conseguia tirar todo aquele barulho da minha cabeça, meus sentimentos e meus medos gritavam tão altos, me senti tão deprimida.

Abro o porta-luvas sem desviar os olhos do trânsito tranquilo de Verona. Alcanço meus óculos escuros e modernos, colo em meu rosto e já sinto meus olhos se aliviarem da claridade do dia.

Ontem a noite foi presenteada com uma chuva fina e silenciosa. Me senti um pouco melhor ouvindo os pingos baterem em minha janela e o cheiro de terra molhada invadindo meu quarto.

Duologia: Curados Pelo Amor - Um Novo ComeçoWhere stories live. Discover now