Capítulo 38

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POV Pietra

- Amor, eu preciso buscar minha mãe no aeroporto na quinta. Ia fazer isso de táxi mas estava pensando que podia me emprestar o seu jipe. - peço para Anthony sem desviar os olhos da estrada, não quero que ele fique inseguro de nenhuma forma.

- Por mim não tem problema. - ele responde e pela visão periférica o vejo me observando. - Estava mesmo pensando que o jipe pode ficar com você, eu não estou dirigindo ainda, nem sei quando vou conseguir ou se vou conseguir...

- Vai. - o interrompe e ele ri. - Lembre-se do que o Domenico disse, pensamento positivo mesmo que esteja bem pessimista.

- Enfim, o carro fica com você até eu conseguir voltar a dirigir. - Anthony se corrige me fazendo sorrir satisfeita.

- Eu que não vou reclamar, vou precisar mesmo agora que sou uma mulher ocupada. - Não escondo a felicidade só de imaginar que já tenho mais um projeto para preparar. - Posso passar cedo na sua casa e te levar para o serviço.

- Que tal dormir lá ao invés de buscar cedo? - ele pergunta e sorrio.

- Vamos ver. Está confiante para o próximo método do tratamento?

- Estou animado. - sua confissão me faz procurar sua mão para levar até meus lábios e beijar.

Amo esse cara de agora, amo o fechado que foi um mal educado comigo no primeiro dia em que o vi e tenho certeza que vou continuar o amando para sempre.

De noite eu recebo o telefonema do pai de Anthony para acertamos as coisas sobre a nova decoração da sala do filho. Combino de fazer uma visita ao local no mesmo dia em que Anthony retorna a empresa.

- Oi pai. - O cumprimento quando ele entra em casa mais de meia-noite, seu semblante denuncia que bebeu mas também não está caindo pelos cantos, menos mal. - Trouxe o jantar. Quer que eu esquente?

- Quero, por favor. - ele se senta no sofá e liga a tevê.

- Não dorme então. - aviso me levantando e indo até a cozinha.
Esquento o jantar no micro-ondas e coloco um pouco de refrigerante, entrego para meu pai e vou para meu quarto dormir nem que seja um pouco, dirigir é bom mas também cansa.

Na segunda de manhã eu vou para casa da minha irmã mais velha, passo a tarde toda com ela e com minha sobrinha. Não via nenhuma das duas a mais ou menos umas duas semanas e mesmo eu não sendo muito próxima de Antonella senti falta dela.

-  Como está a escola nova? - pergunto para Clara que está sentada em meu colo. Amo tanto ela.

- Muito boa tia. Sabia que fiz um monte de amigos? - ela sorri orgulhosa, beijo as bochechas.

- É mesmo? Como eles são?

- Legais. A professora fica falando para a gente parar de conversar durante a aula mas é difícil. - Ela revira os olhos me fazendo rir.

- Muito difícil, sei bem que é mas tem que obedecer a professora. - aviso tocando os cabelos cacheados. - Tem que prestar muita atenção nas aulas, tem que estudar muito para ser uma veterinária linda e inteligente. Não é isso que quer?

- Sim. Quero ser doutora dos animais! Igual minha Barbie. -os olhinhos brilham tanto e vão brilhar com as outras ideias que surgir em sua mente. - Bem legal né?

- Muito legal. Quando eu tiver meus cachorros você que vai ser a doutora deles. - Ela sorri animada, se levanta para contar a novidade para mãe e minutos depois minha irmã se senta no sofá rindo comigo.

- Essa minha filha vai acabar mesmo se tornando uma veterinária.

- Acha mesmo? Ela é só tem cinco anos, pode querer muitas coisas ainda.

Duologia: Curados Pelo Amor - Um Novo ComeçoWhere stories live. Discover now